O espetáculo “O Barão Egoísta”, da companhia amazonense de teatro A Rã Qi Ri, realizará a segunda apresentação do espetáculo em 29 de agosto, quinta-feira, às 19h, no CEJA Agenor Ferreira Lima (Avenida André Araújo, Aleixo).
A primeira apresentação foi realizada na última quinta-feira, 22, no CEJA Jacira Caboclo. O espetáculo conta com recursos de audiodescrição e interpretação em Libras como medidas de acessibilidade.
O projeto, contemplado com recursos da Lei Paulo Gustavo, é uma livre adaptação de Augusto Marinho, a partir do conto de Oscar Wilde. É um trabalho híbrido que integra as linguagens do teatro e da música.
“Com aproximadamente 40min, o trabalho tem como referência o universo lúdico das histórias dos contos populares e possibilita a inserção dos espectadores num mundo prazeroso e lúdico, incentivando a imaginação criadora. A temática aborda a vida concreta e cria uma linguagem familiar e acessível”, afirma Rodrigo Verçosa, um dos atores do espetáculo.
A trama conta a história de um artista andarilho, de codinome Jujuba, que chega à uma cidade (plateia) para fazer uma apresentação. Além do artista Jujuba, quatro atores compõem um coro para representar, com vozes, sons corporais e instrumentos percussivos, cada uma das estações.
“Jujuba chega ao palco e, ao ouvir a música ‘Quatro Estações’, de Vivaldi, lembra de uma história que ouvira na sua infância; monta um cenário mínimo e de dentro de sua mala retira alguns elementos que compõem seus personagens que ganham vida através do artista”, declara Rodrigo.
A concepção cênica da obra se apresenta utilizando um praticável retangular, coberto por um tapete, para o jogo do artista, que faz inúmeras voltas em torno dele. Sobre este acessório, é instalado um pequeno banco.
“Como recursos de interpretação, são utilizadas a pantomima e a manipulação de objetos, tais como uma sombrinha colorida, lenços e uma mala. Os outros quatro artistas criam a ambientação, fazem interferências no texto recitado pelo palhaço e criam situações de comunicação entre eles e a plateia”, pondera Verçosa.
Apenas o personagem principal, Jujuba, traz em seu figurino elementos característicos do clown, que resgatam a representação do palhaço. Os demais artistas se apresentam completamente trajados de preto, com destaque apenas nas maquiagens que também revelam aspectos do clown.
O espetáculo utiliza música cantada, sons de percussão corporal e instrumentos de percussão como elementos centrais para a construção das ações cênicas, mantendo um ritmo dinâmico que envolve o espectador e o convida a participar da criação das cenas.
Os personagens principais incluem o Palhaço Jujuba, interpretado por Augusto Marinho, que assume também outras quatro figuras: o Barão, seu mordomo Alfredo, uma menina e a Mãe Natureza. O restante do elenco representa as quatro estações: Gorete Lima como Primavera, Rodrigo Verçosa como Verão, Rosejanne Farias e Arnoldo Chaves como Outono, e Neuriza Figueira como Inverno.
O espetáculo incorpora mímica, pantomima, clown e contação de histórias em um diálogo entre o narrador/palhaço e um coro de quatro atores que produzem a sonoplastia para reforçar as ações e jogos cênicos.
A programação do espetáculo também contempla uma exposição fotográfica, que teve início na escola Jacira Caboclo, aberta no último dia 20 de agosto. A exposição se resumiu a uma apresentação iconográfica sobre a pesquisa da companhia desenvolvida durante seus 32 anos de existência.
A exposição apresentou uma linha do tempo com os espetáculos já produzidos, bem como suas sinopses, elencos e fichas técnicas, permanecendo instalada por um período de três dias no espaço; encerrando na última quinta-feira (22), às 19h, com a primeira apresentação do espetáculo “O barão egoísta”, onde ao término da apresentação o grupo promoveu um debate com os espectadores. O processo se repetirá na escola Agenor Ferreira Lima, em 29 de agosto.
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