Com o objetivo de discutir a Amazônia, os impactos da crise ambiental, social e climática que afetam a região e o seu histórico de desenvolvimento, o quinto e último módulo do curso itinerante “Amazônia no Antropoceno: reportando o presente e discutindo o futuro da floresta” ocorrerá nos dias 29 e 30 de novembro, a partir das 9h, no Auditório Rio Negro do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). As inscrições podem ser feitas pelo link.

Organizado pelo Pulitzer Center, em parceria com universidades federais do Pará (UFPA), do Oeste do Pará (Ufopa), do Acre (UFAC) e do Amazonas (UFAM), o curso é gratuito e ocorre nos formatos virtual e presencial. A formação já percorreu quatro cidades da Amazônia Legal, com um tema diferente sendo debatido de acordo com a realidade local de cada cidade. O primeiro módulo, realizado em Belém, abordou as histórias de desenvolvimento e devastação na Amazônia, enquanto Santarém debateu a mineração na região. Já em Altamira os palestrantes e o público dialogaram sobre energia e infraestrutura, e os participantes de Rio Branco, no Acre, discutiram as ameaças às áreas protegidas.
Por meio de mesas de debates com jornalistas, especialistas e povos da floresta, o curso busca analisar o histórico de desenvolvimento da Amazônia e quais ferramentas de cidadania podem ser utilizadas para buscar soluções para a região.
“Em Manaus, vamos enfocar a resistência fruto desse histórico, que gerou uma criação única de movimentos sociais, étnicos, políticos e de interação entre território e sociedade. Vamos buscar entender a Amazônia como gestora de seu próprio mundo, como região não só autônoma de ideias, mas também fundamental para a construção de novas formas de a sociedade se ver e se relacionar”, explica Maria Rosa Darrigo, coordenadora da iniciativa pelo Pulitzer.
O curso “Amazônia no Antropoceno” já possui cerca de 800 inscritos, e a estrutura híbrida e organizada em módulos permite que os alunos participem de modo síncrono e assíncrono. Ao se inscrever no curso, o estudante irá receber os links para os vídeos dos módulos anteriores e, ao fim da formação, o certificado de participação.
Na UFAM, o evento é dividido em duas etapas: na primeira delas, no dia 29 de novembro, Adevaldo Dias, da Associação dos produtores de Carauari (Asproc); Dada Baniwa, da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN); Felipe Rossoni, do Operação Amazônia Nativa (OPAN); Francisca Pereira, representante do Movimento das Quebradeiras de Coco de Babaçu; e Joed Melo, da Rede Maniva de Agroecologia (REMA), falarão sobre bioeconomia, economia comunitária e o futuro da Amazônia. A mesa será moderada por Thiago Cardoso, professor da UFAM e coordenador local do evento.
No dia 30 de novembro, Charles Trocate, do Movimento pela Autonomia Popular na Mineração (MAM), a professora da UFAM Katia Schweickardt e o professor Thiago Cardoso, também da UFAM, serão os palestrantes da mesa “Saberes territoriais, ideias globais: perspectivas amazônidas”, que terá mediação de Maria Rosa Darrigo, que é também coordenadora de educação na bacia amazônica do Pulitzer Center.
Para o professor Thiago Mota Cardoso, coordenador do Laboratório de Antropologia da Vida, Ecologia e Política da UFAM, a parceria das universidades federais com o Pulitzer Center fortalece a formação dos estudantes.
“Tanto para pensar a Amazônia numa perspectiva crítica como construtiva, a iniciativa de envolver projetos de pesquisa, iniciativas acadêmicas e personalidades da pesquisa, do jornalismo e de povos indígenas em conexão com a arte de reportar e narrar crises acaba por incentivar o agir para contar histórias relevantes sobre os tempos sombrios que vivemos”, ressalta Thiago.
Mais informações sobre o curso podem ser acessadas por meio do link, ou pelo e-mail [email protected].
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