Isabella Botelho; 09/03/2022 às 15:00

Projeto Transformar e Reexistir lança guia e série de vídeos educativos sobre população LGBTI+

Evento contará com performances de drags e apresentação musical da DJ Biata, na quinta-feira, 10

O Projeto TRANSformar e REexistir, promovido pelo Instituto Universidade Popular (UNIPOP), realiza na quinta-feira, 10, o lançamento de uma série de vídeos informativos e um guia do projeto que abordam temáticas como diversidade e sexualidade, empregabilidade para pessoas transgêneras, a história de lutas do movimento e vivências de pessoas LGBTI+. O evento contará com performances da drag Lissandra Candy e apresentação musical da DJ Biata, a partir das 18h (horário de Belém), na sala Araguaia do Hotel Sagres, localizado na avenida José Malcher, n° 2927, bairro São Brás.

O projeto selecionou 25 jovens LGBTI+ das periferias da capital paraense para participar de formações políticas e rodas de conversa sobre sexualidade, identidade, expressão de gênero e orientação sexual; a história do movimento LGBTI+ no Brasil; direitos humanos e a população LGBTI+; população LGBTI+ e os meios de comunicação; ativismo LGBTI+ em Belém; criminalização da LGBTIfobia; direito à cidadania: casamento civil igualitário, família e adoção por pessoas LGBTI+; política de saúde para população trans e políticas públicas existentes no município e no estado para a população LGBTI+. Além disso, os jovens também contribuíram no processo de construção dos produtos educativos resultantes do projeto: a série de vídeos e o guia informativo.

Para Mac Silva, participante da iniciativa, foi um processo de descobertas: “Minha participação no projeto foi muito importante para o meu processo de saber me expressar tanto em questões de gênero quanto de orientação sexual. Me descobri uma pessoa não-binária durante este processo, que pra mim foi um renascimento, sabe? Projetos como este pensam nas pessoas de forma coletiva, e eu me senti muito acolhida”.

Já para Eduardo Felipe, homem trans residente do distrito de Icoaraci, ter participado das atividades foi uma oportunidade de ganhar visibilidade, aprendizado e reconhecimento: “Conhecer outras pessoas, saber sobre as outras vivências, foi muito importante para mim como pessoa, o que me fez estar mais perto, politicamente falando”.

Patrícia Cordeiro, coordenadora da UNIPOP, ressalta a atuação das juventudes LGBTI+ que historicamente ocupam as ações e atividades da instituição: “O impacto, para nós, uma entidade de 34 anos, de trabalhar com foco na população LGBTI+, é um processo de se transformar, repaginar e renovar nossas atuações por uma demanda que veio da própria juventude participante das nossas atividades e projetos. Assim nasceu o TRANSformar e REexistir”. 

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