No último mês, uma situação que aconteceu dentro do Big Brother Brasil 2022, reality show nacional de maior audiência, gerou debates nas redes sociais e nos noticiários sobre herpes labial. O participante Eliezer, com a doença em fase aguda, beijou duas participantes no confinamento mesmo após ser instruído pela produção a não ter contatos próximos para evitar a proliferação do vírus. Enquanto algumas pessoas fazem piada com a situação, principalmente na Internet, vamos explicar por que o assunto é tudo, menos engraçado, e merece atenção.
Para começo de conversa, 67% da população mundial tem infecção pelo vírus herpes simplex (HSV-1), causador da herpes labial – isso representa cerca de 3,7 bilhões de pessoas. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2016. Neste contexto, é importante entender que ter o vírus não necessariamente significa que uma pessoa terá a doença manifestada, isso porque ela apenas surge especificamente quando o vírus é ativado.
De acordo com médicos especialistas, o primeiro contato com o vírus geralmente acontece durante a infância. Se uma pessoa entra em contato com o HSV-1 ativado e é contaminada, o mesmo se instala no organismo e lá permanece, nas células, para sempre e inativo até que seja reativado. A herpes labial se manifesta nos momentos em que o sistema imunológico da pessoa infectada com o vírus está baixo, fato que pode acontecer por diversos motivos, entre eles estresse e deficiência nutricionais.
Em seu site, o médico Dráuzio Varella descreve que o quadro de herpes labial se caracteriza por vermelhidão, ardor e bolhas ao redor ou na parte interna da boca. A transmissão acontece por meio do contato direto com o vírus ativo, como beijos, gotículas de saliva, tosse, espirro, compartilhamento de itens pessoais de higiene ou cozinha e até mesmo toque na pele.
A herpes labial não tem cura, apenas tratamento para controle da infecção. Mesmo que seja uma doença comum, caso não receba a devida atenção, a herpes labial pode gerar complicações e até mesmo se espalhar para outras partes do corpo. Por isso, é sempre importante lembrar que o diagnóstico apenas pode e deve ser feito por um médico, em especial um dermatologista.
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