Tuane Silva; 06/06/2022 às 14:30

Indigenista Bruno Araújo Pereira e jornalista Dom Phillips, do jornal The Guardian, estão desaparecidos

A COIAB enfatiza que na semana do desaparecimento a equipe recebeu ameaças em campo

O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista Dom Phillips, de nacionalidade inglesa e correspondente do jornal The Guardian, desapareceram há mais de 24 horas, no trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. 

Foto: Reprodução/Internet

Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista fizesse algumas entrevistas com os indígenas. 

Pelo que consta nas informações trocadas, via Dispositivo de Comunicação Satelital SPOT, a dupla chegou na comunidade São Rafael por volta das 6h e depois partiu rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas. Assim, o indigenista e o jornalista deveriam ter chegado por volta de 8h e 9h da manhã na cidade, o que não ocorreu. 

A equipe de busca da UNIVAJA, formada por indígenas extremamente conhecedores da região, cobriu o mesmo trecho que Bruno Pereira e Dom Phillips supostamente teriam percorrido do rio Itaquaí, mas nenhum vestígio foi encontrado. A última informação de avistamento deles é da comunidade São Gabriel, com relatos de que avistaram o barco passando em direção à Atalaia do Norte. 

Ressalte-se que Bruno Pereira é uma pessoa experiente e profundo conhecedor da região, pois foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por anos.

A COIAB enfatiza que na semana do desaparecimento, conforme relatos dos colaboradores da UNIVAJA, a equipe recebeu ameaças em campo. A ameaça não foi a primeira; outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da UNIVAJA, além de outros relatos já oficializados à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International. 

Fonte: COIAB

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