De 10 a 13 de setembro, mulheres indígenas se reunirão em Brasília para a III Marcha das Mulheres Indígenas, um momento importante que transcende fronteiras e une indígenas na sua luta por justiça e igualdade. Com suas vestimentas tradicionais coloridas e determinação, o grupo é uma força a ser reconhecida, lembrando ao mundo a ancestralidade e a força das comunidades indígenas.
As mulheres indígenas enfrentaram inúmeros desafios e injustiças ao longo de suas vidas. Entre suas exigências estão o acesso a cuidados de saúde de qualidade, educação e oportunidades econômicas. Lutam pela proteção da terra e recursos naturais, que vêm sendo explorados por muito tempo. Defendem o fim da violência contra as mulheres indígenas, um problema generalizado que tem atormentado as comunidades há gerações.
A III Marcha das Mulheres Indígenas é um evento importante que reúne mulheres indígenas de várias partes do mundo para promover a igualdade de gênero, a defesa dos direitos das mulheres e a preservação das culturas indígenas. É um lembrete de que a luta pelos direitos das mulheres indígenas não conhece fronteiras geográficas.
A participação de mulheres indígenas de diferentes países, como Jannie Lasimbang (Malásia), Helena Steenkamp (África), Margaret Lomonyang (Uganda), Rosangela Gonzalez (EUA), Julieta Maquera Llanqui (Peru), Jennifer Koinante (Quênia), Tuana Jakicevich (Nova Zelândia), Suscita Chakma (Bangladesh), Maria Danilova (Rússia), Natália Izhenbina (Rússia), Meiliana Yumi (Indonésia), Sônia Marina Gutiérrez Raguay (Guatemala) e Pirita Näkkäjärvi Finlândia, mostra a importância do movimento das mulheres indígenas em uma escala global.
Essa diversidade de participantes destaca a universalidade das questões enfrentadas pelas mulheres indígenas, como o acesso à terra, a violência de gênero, a discriminação e a luta pela autonomia e empoderamento. Através da marcha, essas mulheres têm a oportunidade de compartilhar suas histórias, trocar experiências e fortalecer a solidariedade entre os povos indígenas ao redor do mundo.
A primeira marcha reuniu mais de duas mil mulheres de todos os biomas, em 2019. A II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas mostrou o avanço das mulheres indígenas, reuniu cerca de 5 mil mulheres de mais de 150 povos indígenas de todos os biomas do Brasil. O evento foi organizado pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) e trouxe como tema, Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da terra.
Programação III Marcha das mulheres indígenas – mulheres biomas em defesa da biodiversidade pelas raízes ancestrais
10 de setembro (domingo)
Credenciamento durante o dia todo para imprensa e afins no local do acampamento.
Chegada das delegações durante o dia.
19h – Abertura da Marcha Oficial
Apresentação das delegações das originárias: Indígenas Mulheres Biomas.
Lançamento de livros e sites das mulheres indígenas Bioma Amazônia- FOIRN e outros Biomas.
11 de setembro (segunda-feira)
8h – Grupo de Trabalho temático por Biomas: Emergências Climáticas, Biodiversidades, Reflorestarmentes, Saúde mental, Acessibilidade indígena e Violência de Gênero.
14h – Apresentação dos grupos temáticos – Biomas Cerrado, Mata Atlântica, Amazonia, Pantanal, Caatinga e Pampa.
15h – Plenária Reflorestando o Congresso – com a Bancada do Cocar.
16h – Tribunal das ancestralidades – Juri das mulheres indígenas
18h – Lançamento da cartilha de violência de gênero (ANMIGA e IPRI)
20h – Noite Cultural: I festival das Indígenas Mulheres Biomas.
12 de setembro (terça-feira)
8h – Plenária Internacional: Mulheres água;
11h – Plenária Internacional: Mulheres Sementes – Secretarias Estaduais indígenas e convidadas;
14h – Fortalecimento entre elas e para elas: Mulheres Indígenas, Negras, Quilombolas ocupando espaços de poder Municipais, Estaduais, Nacionais e Internacionais
16h – A Bancada do cocar e as Mulheres Biomas na Política
20h – Noite: Desfile das Originárias da Terra.
13 de setembro (quarta-feira)
8h – III Marcha das Mulheres Indígenas: Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais.
14h – Diálogo com as Ministras sobre a Carta que foi entregue na Pré marcha: “Vozes da Ancestralidade dos 6 biomas do Brasil”.
16h – Leitura do documento final das originárias
18h – Show de encerramento com as artistas indígenas Mulheres e convidadas: A Cura Do Mundo Somos Nós. (Artistas mulheres dos 6 Biomas)
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