Sofia Lourenço; 06/05/2025 às 15:18

IDBR anuncia os finalistas da Região Norte do Brasil, para o Prêmio Sim a Igualdade Racial 2025

Amazonas, Pará e Rondônia são destaque, e juntos, contam com seis indicações de finalistas da premiação nos três pilares: empregabilidade, educação e cultura

O ID_BR (Instituto Identidades do Brasil) anuncia os finalistas que fazem parte dos estados do Amazonas, Pará e Rondônia, região Norte do país, para receber o “Prêmio Sim a Igualdade Racial 2025”, que reconhece e homenageia personalidades, órgãos e projetos que promovem a igualdade racial no país.

“O Prêmio Sim a Igualdade Racial celebra todos que fazem do carisma uma ferramenta de justiça racial, transformando afeto em ação e a influência que possuem em uma forma de romper as desigualdades. O Carisma que celebramos em 2025 é a potência que inspira mudanças”, explica Tom Mendes, diretor institucional do ID_BR e do prêmio SIR.

A dinâmica da premiação começou com indicações do público via internet. Após isso, foi feita uma curadoria externa para validação dos votos. O próximo passo será desenvolvido por um júri especializado, que votará para definir os vencedores que serão anunciados durante o evento.

Os seis finalistas nortistas do prêmio, e suas categorias, são:

Pilar Cultura – Categoria Arte em Movimento

Denilson Baniwa

Imagem: Reprodução/Internet

Artista visual, curador e ativista dos direitos indígenas. Nascido em Barcelos, é amazônida de origem na nação Baniwa, tem como base de trabalho a pesquisa sobre aparecimentos e desaparecimentos de indígenas na História Oficial do Brasil, ao mesmo tempo em que busca nas cosmologias indígenas e suas representações artísticas um possível método de compartilhar conhecimentos ancestrais e ao mesmo tempo criar um banco de dados com essas cosmologias como modo de salvaguardá-las.

Pilar Cultura – Categoria Influência e Representatividade Digital

Thais Kokama

Imagem: Reprodução/Internet

Representa a Aldeia Inhaã-bé, Tarumã-Açu, Manaus, Amazonas. É artista visual, compositora e comunicadora indígena das etnias Kokama e Sateré-Mawé. Promove a cultura ancestral com o grafismo corporal e foi a primeira compositora indígena do Boi Bumbá Caprichoso. Em 2023, destacou-se na WTM Latin America e colaborou com a criação do Cine Aldeia, o primeiro cinema indígena da Amazônia.

Pilar Cultura – Destaque Publicitário

Gavião Kyikatêjê FC – Time de Índio?

Imagem: Divulgação/Gavião

Instituição responsável: Gavião Kyikatêjê Futebol Clube

Coletivo Criativo: Publicitários voluntários do eixo São Paulo–Nova York–Amsterdã localizado em Bom Jesus do Tocantins, Pará.

Fundado em 2009, é o primeiro time profissional de futebol formado por indígenas no Brasil. Em 2025, o clube lançou a campanha “Time de Índio?” para atrair patrocinadores e combater estereótipos racistas no esporte, com apoio da agência Area23. A campanha, que circulou por São Paulo, Nova York e Amsterdã, destaca a cultura Gavião e reforça o futebol como parte da resistência indígena.

Pilar Educação – Categoria Educação e Oportunidades

Instituto Socioambiental (ISA)

Imagem: Divulgação

Responsável: Beto Ricardo

Nicho: comunidades indígenas, quilombolas e extrativista

Fundado em 1994, o ISA é uma organização dedicada à defesa dos direitos de povos indígenas, quilombolas e tradicionais no Brasil. Atua em parceria com comunidades locais nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, promovendo justiça socioambiental, educação diferenciada e influenciando políticas públicas.

Pilar Empregabilidade – Categoria Trajetória Empreendedora

Psica 

Imagem: Divulgação

Responsáveis Psica Produções: Gerson Junior e Jeft Dias

É o maior festival multicultural do Norte do Brasil, criado por Jeft Dias e Gerson Junior para fortalecer a identidade e autoestima dos jovens da periferia da Amazônia paraense. Com mais de 10 anos de história, o evento celebra a cultura preta, indígena e cabocla, impulsionando artistas locais e criando conexões com o mercado nacional. Desde 2018, o festival já contou com grandes nomes como Gilberto Gil, Elza Soares e Ludmilla, e em 2024, resgatou as tradições dos povos negros e indígenas.

Pilar Empregabilidade – Categoria Trajetória Empreendedora

Almir Suruí

Imagem: Divulgação

Líder indígena do povo Paiter Suruí, Terra Indígena Sete de Setembro, Cacoal, Rondônia. Biólogo formado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, fundador e coordenador de projetos de sustentabilidade e empreendedorismo indígena. Trabalha pela proteção da floresta, valorização dos saberes indígenas e desenvolvimento de negócios sustentáveis, como o café e o turismo de base comunitária, conectando o território com o mundo e promovendo impacto positivo para as futuras gerações.

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