Empreendedores acelerados pela AMAZ estiveram em Apuí, no Amazonas, no final de junho, para conhecer o trabalho realizado com agricultores familiares na produção do Café Apuí Agroflorestal.
O objetivo foi promover uma imersão na realidade local, abordando aspectos peculiares da produção agroflorestal e do relacionamento com os agricultores, além de metodologias comprovadas de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) na Amazônia, logística, escoamento produtivo e mensuração de impactos gerados.
A imersão foi planejada para atender às necessidades de três dos seis negócios acelerados este ano pela AMAZ: INOCAS, Floresta S/A e Mahta. Além dos empreendedores, estiveram presentes integrantes do time da AMAZ e do Idesam, responsáveis pela cadeia de produção do café e pela Amazônia Agroflorestal, empresa criada para facilitar a comercialização de produtos da sociobidiversidade.
“O objetivo dessa atividade era aproximar os negócios que têm relação com produção agroflorestal e contato com pequenos produtores, além de questões contratuais envolvendo esse universo também. O Café Apuí Agroflorestal é um case de sucesso que conseguimos apresentar para eles, in loco, a partir da rede do Idesam. Com certeza essa troca vai render frutos e parcerias interessantes. Não só eles puderam aprender com a experiência do café, mas também compartilharam suas experiências com outras culturas e regiões, em processos diferentes, mas que guardam algumas similaridades,” analisa Gabriela Souza, analista de investimentos da AMAZ.
Jânio Rosa, da INOCAS, avalia que as trocas realizadas durante a imersão foram muito boas: “A gente pôde conhecer o Sistema Agroflorestal que eles têm aqui em Apuí, a questão do consórcio do café com outras culturas. A INOCAS pretende introduzir, junto com a macaúba, outras culturas também. Então essa vivência foi muito importante para nós. Ter o contato com os agricultores, ver como funciona a articulação junto a eles, as estratégias adotadas. Tem também a questão da extração dos óleos desenvolvida aqui, a assistência técnica; enfim, uma troca fantástica, onde pudemos ver bem de perto as especificidades do bioma da Amazônia.”
Edgard Calfat, da Mahta, visitou pela primeira vez um Sistema Agroflorestal, e se disse ansioso por ver como funcionava. “É realmente uma mata bem densa, quase uma imitação da floresta, nada daquele campo limpinho de produção em fileiras. À medida em que eles apresentavam mais detalhes da produção do café, a gente ia traçando o nosso paralelo também de dificuldades, desafios e ideias. Conhecer o processo in loco e estar imerso na realidade do que acontece aqui – aqui Apuí, e também Amazônia – foi bastante intenso. E falar com os produtores, entender como se dá o relacionamento com eles, também é importante para nós.”
Marina Yasbeck, especialista da Iniciativa Estratégica Café Apuí (Idesam), que acompanhou a imersão, destaca a riqueza da troca e o quanto esse contato pode contribuir para o desenvolvimento dos negócios acelerados pela AMAZ: “Estamos um pouco mais avançados na implementação e na aplicação de metodologias, de ATER, incidindo sobre todos os elos da cadeia produtiva. São coisas que esses negócios estão em processo de implementação, por isso faz sentido essa troca. Isso vai ser útil para eles. Muito do que fazemos aqui pode ser aplicável às bases deles também.”
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