A criação do Museu das Amazônias foi anunciada nessa segunda-feira, em Belém (PA). O anúncio foi feito pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e pelo governador do Pará, Helder Barbalho, em evento no Palácio dos Despachos. O novo espaço cultural será instalado no Armazém 4 do Porto Futuro II e faz parte das obras no estado para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30). A previsão é que o equipamento seja inaugurado antes da realização do evento, em novembro do próximo ano.
O novo museu integrará conhecimento científico e saberes tradicionais da Amazônia, abrangendo a perspectiva de todos os países da região.
“Este é um projeto que faz brilhar os nossos olhos, porque combina ciência, cultura, pesquisa, extensão, educação e sustentabilidade. Quando você bota ciência e cultura junto, abrem-se horizontes muito diversos”, ressaltou a ministra Luciana Santos, durante a cerimônia.
Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio, o museu será uma imersão na realidade de várias amazônias, provocando os representantes de todos os países presentes na COP30 para a necessidade de sua preservação.
“Será um legado para a COP de Belém. A vida no planeta precisa cada vez mais da Amazônia, e o museu é parte da estratégia do BNDES como um banco verde, que liderou no mundo o financiamento de energia renovável e sustentável e que está na linha de frente da descarbonização da indústria e da agricultura. Se a gente não engajar as lideranças políticas, não vai conseguir reverter essa crise que continua a aquecer o planeta”, afirmou.
A criação do museu terá a participação da comunidade acadêmica e científica da Pan-Amazônia, assim como a colaboração da sociedade civil, por meio de um cronograma de escutas sob coordenação do Museu Emílio Goeldi. O plano de trabalho do projeto é fruto de acordo de cooperação já firmado pelo governo paraense com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Os recursos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) serão destinados ao desenvolvimento do desenho e à implantação dos projetos executivos necessários para a construção do museu, assegurando a qualidade técnica, os critérios de sustentabilidade e o alinhamento com as diretrizes aplicáveis à região amazônica, incluindo o estado do Pará e o município de Belém.
O Museu das Amazônias será um museu a céu aberto, localizado no Porto Futuro II e será organizado em quatro eixos temáticos: Amazônia Milenar, que promoverá os saberes ancestrais indígenas; Amazônia Secular, que focará nos ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, seringueiros, pescadores e outros povos que ocupam a região há séculos; Amazônia Degradada, alertará para os risco ambientais sobre a região e o mundo; e Amazônias Possíveis, que fomentará um debate sobre os rumos do bioma.
*O Mercadizar não se responsabiliza pelos comentários postados nas plataformas digitais. Qualquer comentário considerado ofensivo ou que falte com respeito a outras pessoas poderá ser retirado do ar sem prévio aviso.