Um norte de muitas vozes em RP: vantagens de fazer o curso na região

Por
Emanuele Siqueira
Há 4 anos atrás
Quem é Emanuele Siqueira ?

Estudante de Relações Públicas na Universidade Federal do Amazonas, pesquisadora na área de Relações Públicas Internacionais, Diplomacia Pública e Digital e apaixonada por comunicação e produção de conteúdo.



Como estudante de Relações Públicas, já ouvi diversas vezes a pergunta “o que é Relações Públicas?” quando falo sobre o curso, ou “tem esse curso na Ufam?” quando cito minha universidade. Mas isso nunca me desanimou, a verdade é que os privilégios de fazer RP no norte do Brasil são bem mais relevantes se comparados com as dificuldades. Afinal, estamos localizados no centro da maior floresta tropical do mundo e esse é um privilégio que poucos possuem.

Duas instituições oferecem o curso na região Norte, a de ensino privado Universidade da Amazônia (Unama), no Pará e a de ensino público Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no Amazonas. E é neste contexto institucional que começo citando a primeira vantagem de cursar RP no Norte:

1 – No norte há sim boa qualidade no ensino superior!

A Ufam e a Unama estão entre as instituições de ensino superior mais bem avaliadas da região pelo Ministério da Educação (MEC). A Ufam possui um curso de relações públicas de mais de 42 anos de história e que recebeu recentemente conceito nota cinco, máxima, na avaliação presencial do MEC.

Essas avaliações garantem que os estudantes que optarem por essas universidades estudem e se formem em instituições de qualidade e excelência, usadas como referência em sua área. Já a avaliação do curso traduz em uma nota o desempenho dos estudantes, a infraestrutura e instalações, recursos didáticos e pedagógicos e corpo docente. Quem estuda relações públicas no Norte está muito bem servido em qualidade de ensino.

2 – Todo RP conhece um RP

A comunidade acadêmica e profissional de relações públicas no Norte são muito envolvidas em debates e conectadas entre si. Ser um bom aluno pode garantir que seu nome seja citado em algumas conversas e se dissemine por aí. Basicamente todos os RPs que conheço no mercado ou na academia sempre estão dispostos a indicar para vagas colegas e estudantes especificamente da área de relações públicas. Essa rede é muito importante para a disseminação e valorização das atividades de RP e as raízes criadas desde o início da graduação entre professores, profissionais e alunos são ótimas oportunidades para iniciar um networking ainda sem estar formado.

3 – Você vai produzir muito conhecimento científico da área para sua região

Não tem como escapar: estudantes, docentes e profissionais de RP na amazônia são os responsáveis pela produção de conhecimento científico e isso é muito importante. A pesquisa em relações públicas é de extrema relevância para a formação de uma sociedade mais consciente do papel do RP. Além de contribuir para o cenário local de atuação na área, quanto mais inédita sua pesquisa é para região mais frutos você irá colher. Posso citar como exemplo pontos para programas de pós-graduação, bolsas de estudo e estágio, publicação de artigos em âmbito nacional e internacional, entre outros.

4 – O cenário possibilita estar sempre inovando

Pela pouca quantidade de cursos oferecidos na região existem possibilidades infinitas para inovar em relações públicas no Norte. Um exemplo disto é que todos os anos a Ufam apresenta diversos trabalhos no Congresso de Ciências da Comunicação da região Norte, o Intercom. Os alunos nortistas têm ao seu alcance as peculiaridades do cenário de comunicação que a floresta amazônica oferece e que podem, e devem, ser aproveitadas em temáticas como: comunicação e sustentabilidade, comunicação inclusiva, cultura, comunicação digital na amazônia, entre outras.

5 –  Aprendemos que comunicar vai além de falar e escrever bem

O primeiro passo para quebrar barreiras dentro das relações públicas no Norte é escolher fazer o curso. Depois de tomada essa decisão aprendemos que ser relações públicas no Norte vai além de falar, escrever e gerir bem. Quem cursa RP no Norte aprende desde cedo a aliar comunicação e cultura, superar obstáculos tecnológicos e logísticos e a se desprender de estereótipos comunicacionais formados por mercados de comunicação de outras regiões e passar cada vez mais a valorizar a produção e os profissionais locais. Todos esses fatores formam profissionais que comunicam contando histórias e que sabem que fazem parte de algo maior.

6 – Ser do Norte é um diferencial

Cursar Relações Públicas no Norte não é a mesma coisa que cursar nas outras regiões do país. Os cursos não estão localizados nos considerados grandes polos de comunicação do Brasil mas agregamos muito a eles. Planejar estrategicamente comunicação em um território com características únicas como clima, fuso horário, cultura e até economia baseadas em um elemento tão importante como a floresta amazônica é algo que vai além de ser RP, é ser um “maninho RP”, um relações públicas formado no Norte do Brasil.

Ser formado no Norte é um diferencial pois em qualquer local que você chegar haverá discussões sobre a floresta amazônica, comunidades indígenas e outras características da região que são temas universais e que profissionais formados aqui tem propriedade e vivência. Há empresas, universidades e institutos de pesquisa nacionais e internacionais que buscam profissionais de relações públicas especialmente da Amazônia para preencher suas vagas.

O Norte possui muitas vozes em RP. Quem sabe está na hora de gritar, mais alto, para o Brasil todo as vantagens de ser estudante de relações públicas por aqui!

 


Essa é uma opinião do autor e não do Portal Mercadizar.


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