Mistérios do desejo

Por
Ana Florêncio
Há 6 anos atrás
Quem é Ana Florêncio?

Ana Florêncio é jornalista e assessora especial da Prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, gestão em que atuou também como Secretária Municipal de Comunicação. Iniciou sua trajetória profissional no Jornal O Estado de S. Paulo e, após atuar na área privada como assessora de imprensa da Empresa Instalson -responsável pela sonorização dos carnavais de São Paulo e Rio de Janeiro, resolveu fundar seu próprio jornal periódico, o Jornal de Parnaíba (circulação em Santana de Parnaíba e Barueri – municípios de São Paulo). Além de assessorar prefeitos de São Paulo e Amapá, tem mesmo sua carreira profissional marcada na área pública, como assessora de comunicação na Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Câmara dos Deputados e Senado Federal.



O cheiro bom do café… o som daquela música fresca… o anúncio do carro dos sonhos são interações que ativam sistemas do nosso cérebro e nos enchem de vontade, despertam desejos e nos fazem partir para o consumo e comprar mais.

Aliados para desvendar esse mistério, a ciência e o marketing transformaram-se no neuromarketing, que tem como principal objetivo entender o que faz um consumidor preferir uma determinada marca, finalizar a compra de um produto ou não e até mesmo fidelizar-se a ele. Muitos fatores influenciam essas escolhas e preferências.

Então, o que o neuromarketing pode ensinar sobre a mente dos consumidores para gerar maios venda?

Já se sabe que o processo de tomada de decisões começa no inconsciente, quando determinados estímulos ativam partes específicas do cérebro, o que não acontece de forma racional, lógica e consciente, como costumamos acreditar.

As propagandas, os sons, os cheiros e outras interações ativam dois sistemas do nosso cérebro, o reptiliano e o límbico. Um controla o nosso instinto de sobrevivência e o outro processa emoções e armazena dados, envolvendo os
cinco sentidos.

Depois de tomarmos uma decisão nesses dois níveis, um outro sistema entra em ação, o neocortex, que é responsável por racionalizar o que foi decidido.

Portanto, o nosso ato de escolhas pode ser dividido em três partes: 1 – o cérebro decide o que vai fazer; 2 – essa decisão aparece na sua consciência, o que nos dá a sensação de ser a decisão correta e 3 – agimos de acordo com a decisão tomada.

Conhecendo o funcionamento do cérebro melhor, o neuromarketing procura usar estratégias de marketing que acionem partes dele que levam ao consumo.

Saber usar bem essa ferramenta, dentre as demais que traçam o perfil do público que se quer atingir, como pesquisas por exemplo, além de todo processo criativo pode diferenciar bons profissionais e o plano de comunicação em si. O neuromarketing é estudo do bem, é legal, muito diferente dos apelos fakes e manipuladores. Num mundo globalizado e acessível a quase tudo como o que temos hoje, recorrer a empresas e comunicadores que operam com maestria essas técnicas é com certeza também excelente escolha.


Essa é uma opinião do autor e não do Portal Mercadizar.


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