Isabella Botelho; 11/01/2021 às 17:30

Tendências do marketing de influência para 2021

Mercado dos influenciadores aqueceu em meio à pandemia e deve permanecer em alta

O Meio & Mensagem noticiou nesta segunda-feira, 11, o relatório da FleishmanHillard que aponta as tendências para o marketing de influência em 2021. Levando em conta o aquecimento do mercado de influenciadores durante a pandemia do novo coronavírus, o estudo projeta que os orçamentos em marketing de influência aumentarão este ano, uma vez que o público está mais cauteloso em quem confiar (marcas, imprensa, figuras públicas) e com esse cenário, os produtores de conteúdos são mais confiáveis e ganham relevância. 

Confira algumas tendências globais apontadas pela FleishmanHillard:

Notícias

Um dos insights do relatório diz respeito às notícias, que, cada vez mais, estão integradas, tanto em relação às plataformas, quanto em relação aos emissores. Isso acontece porque, hoje, o que constitui “notícia” é, na verdade, uma mistura de jornalismo, informação, opinião e conteúdo. Com isso, a “notícia” não vem apenas de jornalistas, mas de outros tipos de influenciadores.

De acordo com o levantamento, as marcas precisam continuar ouvindo, não apenas aqueles que sabem ser influentes em sua categoria ou setor, mas também usam a descoberta para identificar aqueles que podem ser especialistas insólitos, que estão compartilhando conteúdo que seus seguidores estão interpretando como notícias ou conteúdo relevante sobre um determinado assunto ou tema. Apesar disso, a pesquisa alerta que por serem tão confiáveis, os influenciadores podem, às vezes, ajudar a alimentar a disseminação de imprecisões, causando desinformações.

Conteúdo patrocinado

Um estudo da Harvard Business Review descobriu que, desde 2017, a lacuna entre as atitudes favoráveis e não favoráveis em relação ao conteúdo patrocinado foi fechada. Com isso, o estudo da FleishmanHillard ressalta que conteúdo patrocinado não espanta seguidores e nem diminui o engajamento. Dessa forma, em 2021 o público continuará se engajando e confiando no conteúdo patrocinado tanto quanto orgânico e as marcas poderão ficar menos nervosas em relação a isso.

Os tipos de postagem estão em evolução

Com mais tempo em casa por conta da pandemia da Covid-19, os criadores de conteúdo ajustaram suas postagens para categorias de interesse do público durante esse período, como condicionamento físico, alimentação, hobbies ou conselhos. Este foco direcionado os ajudou a entender – e a aprender – outros ângulos em que seu conteúdo pode ser explorado e amplificado. A pandemia também acelerou a tendência em direção a conteúdos menos roteirizados, encenados e filtrados. Há uma expectativa dos seguidores para que os influenciadores criem a sua própria autenticidade.

Fluxos de receita alternativos

Por conta da pandemia, muitos contratos com influenciadores sofreram. Em decorrência disso, muitos desses profissionais mudaram seu foco para fluxos de receita alternativos e fontes de receita diversificadas. De acordo com o levantamento, mais influenciadores estão colocando conteúdo atrás de monetização como o Patreon, web site norte-americano de financiamento coletivo. Muitas marcas passaram a se interessar por programas de afiliados e links que dão comissão aos criadores de conteúdo. Isso significa que os influenciadores dependem menos dos negócios da marca e podem manter negociações difíceis.

Criatividade

Desde a pandemia, os influenciadores tornaram-se mais criativos na forma de produzir conteúdo. Dessa forma, os anunciantes descobriram que os influenciadores podem ser particularmente úteis durante uma época em que as filmagens comerciais em grande escala foram suspensas. O estudo prevê que, em 2021, as marcas continuarão a trabalhar com influenciadores como um recurso de geração de conteúdo, mas precisarão exercitar a criatividade para manter esses formatos novos e envolventes.

Microinfluenciadores são poderosos

Eles têm números de alcance menores de 10 mil a 50 mil, taxas de engajamento com mais de 40% maiores do que suas contrapartes de nível macro (500 mil a 1 milhão), visto que o senso de comunidade e segurança nas opiniões apresentadas são potencialmente mais eficazes. Microinfluenciadores são considerados por fornecerem grande valor às marcas com sua capacidade de acessar micro comunidades bem definidas. E os comentários em suas postagens patrocinadas ou promocionais também tendem a ser mais sobre a marca.

Diversidade

As mídias sociais estão em estágio inicial de transformação de um lugar de individualismo para um lugar do coletivismo. Isso está criando atitudes do consumidor que alterarão o que e como as pessoas consomem e compartilham conteúdo, segundo o relatório. Mais de um terço dos consumidores disseram ter seguido um grupo mais diverso de influenciadores do que antes dos protestos #BlackLivesMatter, de acordo com um report da FH global. Para desenvolver um elenco de influenciadores cada vez mais diversificado, as marcas precisarão demonstrar um compromisso interno e externo à diversidade e inclusão.

Nivelamento

Neste verão, nos EUA e no Reino Unido, “sindicatos” e associações de influenciadores foram lançados por e para influenciadores. O American Influencer Council nos EUA e o The Creator Union no Reino Unido visam padronizar a compensação e treinar influenciadores para se tornarem negociadores experientes.

Social Commerce

Embora os influenciadores possam ajudar a gerar consideração e compra para o e-commerce com o “arraste para cima”, em 2021, players como Google e Walmart anunciaram planos de investir em conteúdo de vídeo comprável compartilhado por influenciadores no YouTube e TikTok. Reunindo confiança, conveniência e comércio social, as postagens se tornarão uma parte importante das compras do consumidor neste ano.

Fonte: Meio & Mensagem

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