Ariel Bentes e Isabella Botelho; 12/02/2020 às 16:01

Squid e o mercado de microinfluenciadores

Com exclusividade ao Mercadizar, Felipe Oliva, cofundador da Squid, empresa de marketing e digital influencers, falou sobre o mercado de microinfluenciadores no país

Há quase cinco anos, os engenheiros Felipe Oliva e Carlos Tristan, resolveram trocar de área e fundaram a Squid, startup de marketing que conecta grandes marcas a influenciadores digitais. 

Equipe Squid (Foto: Acervo Pessoal)

Hoje, a Squid tem cerca de 14 mil influenciadores em sua base e já soma aproximadamente 1,5 mil campanhas para mais de 400 anunciantes e parceiros, dentre os quais estão grandes empresas como 99, Bradesco, Pandora, Natura e Magazine Luiza.

Mercadizar: O que são microinfluenciadores?

Felipe Oliva: No começo na Squid, ninguém falava de microinfluenciador, acho que fomos a primeira  empresa no Brasil a começar a usar esse termo. Sempre perguntavam “Mas o que é microinfluenciador?” Nós categorizamos como microinfluenciador aquele que tem de 5 mil a 100 mil seguidores. São pessoas que estão querendo se profissionalizar, mas ainda  não tem uma estrutura de um macroinfluenciador e não tem uma agência ou agente. Ele tem que ter pelo menos 1% de engajamento, postar com uma certa frequência e, se ele obedecer algumas regrinhas, já pode fazer parte da nossa base. 

Mercadizar: Como foi o processo, ainda na fundação da Squid, para vocês convencerem grandes empresas a trabalhar com microinfluenciadores ?

Felipe Oliva: O nosso discurso para os anunciantes sempre foi “cara, é novidade. Eu não tenho como te falar se vai funcionar ou não, o que eu tenho para te falar é que é como qualquer outra mídia, qualquer outro canal, você tem que testar.” É literalmente um trabalho de formiguinha. No início a gente só trabalhava com pequenos clientes até entendermos qual era o nosso tipo de cliente e chegarmos em uma Natura e O Boticário. Esses grandes clientes são empresas que já estão maduras o suficiente para trabalhar uma estratégia “parruda” que a gente poderia oferecer. 

Mercadizar: O que esperar do marketing de influência daqui há 5 anos?

Felipe Oliva: É difícil falar, a gente tem cada vez menos falado de marketing de influência e mais de conteúdo, pois ele é o futuro. Se você pegar as projeções de marketing de influência, elas estão avaliadas em 2 bilhões de dólares e  estão falando que em 2021 ela vai chegar em 4 bilhões de dólares. Já é um mercado super relevante, mas se você sai disso e vai para o mercado de conteúdo, que é onde a gente se insere, você vai para um mercado muito maior e que só cresce, pois cada vez mais é o conteúdo que converte as coisas. 

Hoje, nós temos uma briga por atenção, eu estou falando aqui com vocês, meu celular está tocando, estou recebendo e-mail, então, se você não tiver um conteúdo relevante, você vai perder a audiência, independente do canal que você estiver. 

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