Patrícia Patrocínio; 25/11/2021 às 16:00

Memória e autoconhecimento: artistas amazonenses contam as diferentes visões sobre o cotidiano 

Contos relatam o momento sofrível que o planeta vive, usando a literatura como a linguagem inexorável de afirmação da vida

Explorar o cotidiano e traçar caminhos que geram identificação entre os leitores: é dessa forma que chega aos consumidores de literatura o livro ”Vestígios Banais”, resultado do projeto “Contos às Seis Mãos”, que tem como objetivo expressar as potencialidades artísticas do cotidiano por meio de contos. Os textos exploram de forma literária elementos do nosso cotidiano, assim como a memória e o autoconhecimento.

O lançamento da obra acontece nesta quarta-feira (24/11), às 19h30, de forma virtual, na página oficial do livro, no endereço: https://www.facebook.com/livrovestigiosbanais/. Na ocasião, o autor e organizador, Francisco Ricardo Lima Caetano, participará de um bate-papo em que apresentará detalhes da produção dos contos e os também autores e colaboradores Arcângelo da Silva Ferreira e Vinicius Alves do Amaral. Cada autor produziu três contos, versando sobre o cotidiano segundo suas perspectivas.

A obra está disponível para a compra no site:  https://www.pacolivros.com.br/vestigios-banais

Explorando aspectos do cotidiano, cada qual à sua maneira, esses autores traçam caminhos distintos que podem gerar uma grande identificação entre os leitores, além, é claro, do prazer de acompanhar histórias originais. No livro, a literatura é chave de leitura para se pensar na existência da vida. Nessa medida, “Vestígios Banais” oportuniza o diálogo com o mundo exterior e aquele que vive dentro de cada pessoa. 

“A produção desse material é uma constatação, e eu espero que as pessoas possam ter novas percepções sobre a cidade, sobre esse lugar de pequenos detalhes das pequenas coisas que fazem uma diferença enorme se a gente parar pra prestar atenção, né? E eu vejo que esse lugar de procurar é uma via mais poética das coisas. Esses vestígios são coisas essenciais na construção do todo o meu ser, diante de situações vividas por mim e enfrentadas por muitos em um cotidiano de vida e morte. O livro submerge em um terreno comum aos leitores: o cotidiano, o vai e vem de indagações, reflexões sobre situações que nos damos conta no íntimo ou apenas quando as luzes se apagam”, reflete o autor Francisco Ricardo Caetano.

Ainda segundo Francisco, “Vestígios Banais” pretende atender a essa demanda partindo de um espaço de fala de cada leitor: “no entanto, não se trata de uma abordagem monotemática do tema. Por isso, a necessidade de autores diferentes é tão central para o livro”, finaliza.

Sobre os autores – Natural de Fortaleza, mas residente em Manaus há 33 anos, Francisco Ricardo Lima Caetano é formado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Amazonas (2014). Além de artista visual, é professor, cenógrafo, diretor de arte e produtor em audiovisual!

Em 2020, foi o vencedor do prêmio de melhor direção de arte de curta-metragem no festival de cinema de Gramado. Realizou trabalhos nos projetos: Lulu, o Tempo Passa, O Barco e o Rio, Obeso Mórbido, Terra Negra dos Kawa, Manaus Hot City, Enterrado no Quintal, Novo Amor, Sons do Igarapé, Chama o cara de índio, XAPIRIPË, Castanho, Direito à Memoria, série Boto. Ilustrou os livros: Emoções e Rastros, Teias urbanas, Jornal Literário “Relevo”, do mês de julho. Publicação do conto “Salsicha”, na revista Torquato, julho de 2020.

Arcângelo da Silva Ferreira, um dos escritores de Vestígios Banais, é natural de Parintins (baixo rio Amazonas), é historiador, professor do curso de história no Centro de Estudos Superiores de Parintins (CESP), na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). 

Escritor assíduo, é autor de livros como “Na vaga claridade do luar”: história e literatura do movimento da madrugada na cidade de Manaus (1954-1967) – Ed. Appris, A sombra e seus duplos (contos), A merda do Mundo (contos, em coautoria com Thiago Roney), ambos publicados pela Editora Thysanura, Edições de Rua. 

Já Vinicius Alves do Amaral, natural do Rio de Janeiro, é historiador e professor de história da rede pública do estado do Rio de Janeiro. Formado em História pela Uninorte, atualmente cursa o doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Além de historiador, é escritor e possui contos publicados em revistas digitais, como Relevo, e em coletâneas, como O Último Gargalo e Gaia (2018).

“Vestígios Banais” é um projeto contemplado pelo Programa Cultura Criativa – 2020/Lei Aldir Blanc – Prêmio Feliciano Lana, do Governo do Estado do Amazonas, com apoio do Governo Federal – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura e Fundo Nacional de Cultura.

Fotos: Divulgação

 

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