Ariel Bentes; 04/08/2020 às 12:08

Lives já foram vistas por mais de 85 milhões de pessoas no Brasil

Fenômeno cultural no país durante a pandemia, o formato ao vivo foi visto por 71% da população digital, segundo levantamento do Google

O Google realizou uma pesquisa para entender como as pessoas têm consumido as lives, um fenômeno que tomou conta do Brasil e gerou uma nova forma dos artistas se relacionarem com a audiência. O levantamento, realizado online com 1.007 entrevistados entre 18 e 54 anos em junho de 2020, revelou que as transmissões ao vivo já foram vistas por 71% da população digital do país, ou seja, 85 milhões de pessoas. A pesquisa levou em conta a população digital do Brasil que, segundo a ComScore, é de 120 milhões.

Foto: Reprodução/ YouTube

38% dos entrevistados disse ter assistido a seis ou mais lives e 24% chegou a ver mais de 10. As redes sociais também têm um papel relevante para as transmissões e ajudam não apenas a divulgar a programação como a conectar as pessoas entre si e com os artistas. A pesquisa mostra que 29% da audiência descobriu as lives por meio das redes sociais e 19% afirmou realizar algum tipo de interação virtual com o artista ou outros espectadores durante o evento virtual, seja por meio de redes sociais ou chat ao vivo.

O futuro das lives

Atualmente, Brasil é o país de maior representatividade no ranking global de lives musicais na história do YouTube: dos dez primeiros lugares, oito são de brasileiros. A apresentação de Marília Mendonça, em 11 de abril, ocupa o topo do pódio, com um pico de audiência de 3,3 milhões de visualizações simultâneas. De lá para cá, o formato se popularizou e a oferta de transmissões cresceu. Segundo a pesquisa, 22% dos respondentes esperam inovações de formato e conteúdo para continuarem assistindo. 

O fenômeno cultural da pandemia

As lives no YouTube não são novidade. A plataforma começou a oferecer o recurso em 2011 e, no Brasil, as transmissões ao vivo já eram extremamente populares em verticais de conteúdo como games e esportes, com a exibição de jogos em tempo real. Mas foi durante a pandemia que os artistas de música se voltaram para a funcionalidade com maior intensidade, como forma de se conectarem com seu público e também com novas audiências. 

“As lives têm sido uma oportunidade de levar entretenimento de graça para quem está em casa e também gerar receita para os músicos. É interessante notar que, no país, as pessoas querem acompanhar a transmissão enquanto está acontecendo, repercutir na hora a dinâmica da live por meio das redes sociais”, avalia Sandra Jimenez, diretora de parcerias musicais do YouTube para América Latina.

Para ajudar artistas, gravadoras e escritórios de música, Sandra conta que seu time tem feito treinamentos virtuais em melhores práticas, com ênfase nas lives. “Não é um recurso com o qual já estavam acostumados, então temos explicado ferramentas da plataforma, compartilhado dicas e relembrado nossas diretrizes da comunidade, que precisam ser seguidas independentemente do tamanho do canal e do formato do conteúdo”, completa ela.

Fonte: Assessoria YouTube Brasil

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