Isabella Botelho; 28/08/2020 às 16:30

Igreja São Sebastião lança a campanha solidária “Santa Ajuda” 

A campanha prevê a restauração de uma das igrejas mais antigas de Manaus

Fundada em 1888, a Igreja São Sebastião é um dos principais templos religiosos da Arquidiocese de Manaus. Em 1912, ela foi elevada à categoria de paróquia e hoje é uma das igrejas mais antigas da capital amazonense. Sua localização, no Largo de São Sebastião, integra um dos cenários mais marcantes e visitados da cidade, ao lado do Teatro Amazonas e do Monumento dos Portos às Nações Amigas. 

Atualmente, aos 132 anos, destaca-se pela devoção de centenas de fiéis, por sua localização privilegiada e por seu estilo eclético, que vai do gótico ao neoclássico. Painéis e vitrais europeus marcam o seu interior e, assim como o Teatro Amazonas, representa o período áureo da borracha no Amazonas. 

Igreja de São Sebastião vista do Teatro Amazonas (Foto: Francisco Aragão)

No entanto, as marcas do tempo começaram a aparecer e uma parte de sua estrutura está comprometida: são rachaduras, janelas trincadas, infiltrações nas paredes e teto que podem ser vistas por toda a igreja, além do desgaste das telas laterais do alto-mor e do corpo, assinadas pelos pintores Francisco Campanella e Ballerini de Roma, que exigem técnicas específicas no reparo. Pensando nisso, neste domingo, 30 de agosto, a Igreja São Sebastião lança a campanha solidária “Santa Ajuda” em sua sede localizada no Centro de Manaus. A campanha tem como propósito arrecadar verba para a restauração da paróquia. Fiéis, a sociedade amazonense, empresas públicas e privadas podem contribuir com doações ou comprando um dos bilhetes da rifa, que entregará um Fusca, ano 1961, ao ganhador sorteado às 19h, do dia 31 de outubro, no Largo de São Sebastião.

Mais informações podem ser adquiridas pelo WhatsApp da Secretaria Paroquial (92) 99474-8844 ou pelas redes sociais da Igreja. 

História da Igreja São Sebastião

A história da Igreja de São Sebastião inicia em 1859, quando foi fundada na Cidade de Manaus, a “Irmandade de São Sebastião” reconhecida oficialmente pela autoridade eclesiástica, em 2 de agosto de 1862, e pela sociedade civil, em 19 de agosto do mesmo ano.

Neste ano, foi construída a primeira capelinha em madeira. Face a vitalidade do trabalho da Irmandade e à angústia da pequena capela, pensou-se logo em construir outra maior, cujo processo iniciou no dia 26 de novembro de 1868.

Em 1870 chegaram em Manaus três frades franciscano italianos (da Lombardia), vindos de Belém, sendo confiado a eles o serviço religioso da humilde capela. Sob o impulso e o dinamismo do padre Frei Jesualdo Mache, com o apoio das autoridades e o auxílio do povo em geral, esforços foram empregados para a construção do templo que hoje admiramos. O encarregado da planta foi o engenheiro amazonense, Dr. João Carlos Antony e o mestre- de-obra, Silvio Centofan, mão direita do pintor também italiano Domenico De Angelis. A primeira pedra foi lançada aos 5 de setembro de 1879 e os trabalhos foram adiante com a colaboração das autoridades e do povo em geral. Em janeiro de 1887, reparos urgentes na cobertura suspenderam as atividades e devido às constantes chuvas, ocasionaram a construção da segunda torre da Igreja. Os trabalhos complementares nunca mais foram retomados e, assim, estranhamente, a torre esquerda ficou mulada para sempre. A Igreja ganhou belas e ricas telas, sendo as que compõem o corpo da Igreja atribuídas ao pintor professor Ballerini de Roma e as que estão no altar-mor são de autoria do pintor Francisco Campanella.

A inauguração do novo templo aconteceu no dia 8 de setembro de 1888. Em 1909, chegaram em Manaus os quatro primeiros frades capuchinhos italianos da província monásca de Assis: Frei Ermenegildo de Foligno, Frei Agatângelo de Espoleto, Frei Domingos de Gualdo Tadino e Frei Marnho de Ceglie Messapico. A eles foi confiado o cuidado material e a missão de zelar pelo culto divino e assistência aos fiéis. Três anos depois, em 12 de setembro, a Igreja foi elevada à Paróquia, sendo o primeiro pároco o frei José Massi de Leonissa.

Fonte: Assessoria e Memórias de Frei Fulgêncio Monacelli que esteve na frente da paróquia por mais de 20 anos

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