Isabella Botelho; 04/03/2020 às 08:30

Feira da FAS realiza debates sobre masculinidades e luta feminista no Dia da Mulher

Em um mundo em que as mulheres têm se organizado cada vez mais em prol da igualdade, o debate sobre masculinidades vem ganhando importância e estimulando também os homens a repensarem seu papel social. Neste domingo, 8, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, a Feira da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) abrirá espaço para esse diálogo com a realização da roda de conversa “Masculinidades não hegemônicas e seu lugar na luta feminista”, a partir das 14h, na sede da instituição, na Rua Álvaro Braga, 351, Parque 10 de Novembro. O acesso ao evento é gratuito. 

A roda de conversa é organizada pela Associação Brasileira de Psicologia (Abrapso) – Núcleo Manaus e pelo coletivo O Gênero, que atua em prol do empoderamento de pessoas transgênero, auxílio para acesso à cidadania, saúde e empregabilidade e na divulgação de informativos, eventos e atividades de capacitação.

O objetivo é promover uma reflexão sobre responsabilidades, vulnerabilidades e privilégios de cada sujeito acerca dos direitos das mulheres, transitando por temas como as transformações das noções de masculinidades e como elas podem afetar pessoas e espaços, conforme explica um dos mediadores, Thiago Costa, coordenador do coletivo O Gênero e gestor de casos de proteção no Instituto Mana.

“No contexto sociopolítico em que vivemos, dialogar sobre masculinidades é urgente, sobretudo sobre as masculinidades não hegemônicas. É através do diálogo que os lugares sociais serão refletidos, repensados e ressignificados dentro dessa conjuntura”, destaca.

Costa explica que as masculinidades não hegemônicas são aquelas que fogem às expectativas e regras sociais, como ser forte e viril, heterossexual e bem-sucedido financeiramente. Estão inclusos nessa noção, por exemplo, os homens que abrem mão do emprego formal para cuidar da casa e dos filhos. 

“Abordaremos como estes homens podem ajudar as mulheres chefes de família em contexto econômico, além de discutir como eles se sentem psicologicamente ao assumir um papel diferente do padrão, uma vez que a sociedade taxa como ‘menos homem’ quem não se enquadra nos estereótipos de gênero”, afirma. 

A roda de conversa também falará sobre como, ao desconstruir os velhos modelos de masculinidade culturalmente impostos, os homens podem utilizar seu lugar de privilégio de gênero para atuar de forma pró-feminista. “Em situações como um papo com os amigos em que surge um comentário machista é possível usar sua voz e entendimento para educar os outros”, conclui. 

Fonte: Assessoria 

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