Em 2017, atrizes, diretoras e produtoras de cinema se reuniram para denunciar casos de assédios sexuais dentro da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, assédio sexual e moral no trabalho também são muito constantes.
De acordo com dados do site Vagas.com, em 2017, 52% dos profissionais já sofreram assédio. Fazendo um recorte de gênero, os dados se tornam ainda mais alarmantes, pois as mulheres correspondem a 51,9 % dos casos de assédio moral no trabalho e 79,9% dos casos de assédio sexual. Com isso, o Mercadizar selecionou cinco campanhas que buscam discutir sobre assédio sexual e moral no ambiente de trabalho ou universitário.
- Dream Crazier – Nike (2019)
https://www.youtube.com/watch?v=whpJ19RJ4JY
“Se nós demonstramos emoção, somos chamadas de dramáticas. Se queremos jogar contra os homens, somos malucas. Se sonhamos com oportunidades iguais, estamos nos iludindo. Quando defendemos algo com fervor, dizem que estamos descontroladas. Quando somos muito boas, há algo errado conosco. E, quando estamos zangadas, nos chamam de histéricas, irracionais, loucas (…) Mas só é loucura até você fazer algo. Apenas faça.”
Este é um trecho do vídeo Dream Crazier da marca esportiva, Nike, e narrado pela tenista Serena Williams. A empresa e a tenista utilizam de uma metáfora com os desafios do esporte, ambiente predominantemente masculino, para fazer com que a população reflita sobre o assunto.
- Trabalho sem assédio sexual – Ministério Público de São Paulo (2018)
Com ações de conscientização de promotores de Justiça e servidores sobre respeito no local de trabalho, a campanha possui um vídeo didático que mostra frases que podem ser consideradas “inofensivas”, mas que são caracterizadas como assédio. Além disso, o vídeo incentiva as denúncias e destaca a importância de homens e mulheres no combate contra o mesmo.
- Deixa pra trabalhar (2018)
A ideia surgiu quando a jornalista, Bruna Dealtry, do “Esporte Interativo”, foi beijada a força por um torcedor durante uma transmissão ao vivo. Após o episódio, Bruna criou um grupo com outras mulheres jornalistas e elas resolveram produzir textos e vídeos para internet sobre o assédio vivido por mulheres no jornalismo esportivo. Logo, a campanha ganhou outras adeptas como, Fernanda Gentil e Cris Dias.
- Survivor – IntegraPoli (2017)
Ao som de “Survivor”, estudantes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, produziram um vídeo para uma competição da Faculdade de Engenharias da USP. Com mais de 469 mil visualizações, as alunas aproveitaram a competição para falar sobre assédio e igualdade dentro da universidade. “Foi muito fácil reunir porque muitas meninas ficaram interessadas, todo mundo tinha uma história de discriminação de gênero”, afirmou Gabriela Menin, uma das participantes do vídeo em entrevista ao Estadão.
- #ASSÉDIONOTRABALHO – AzMina (2016)
A Revista AzMina e a comunidade “Não Foi Ciúme”, se unirão para lançar a campanha #ASSÉDIONOTRABALHO, com o objetivo de que as mulheres contem e discutam sobre o assunto nas redes sociais.
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