Isabella Botelho; 23/11/2021 às 11:00

Conheça Claudio Santoro e seu legado para a arte brasileira

Artista e pedagogo amazonense completaria 102 anos nesta terça-feira, 23

Poucas pessoas sabem, mas um dos grandes nomes da música clássica brasileira é amazonense. Nascido em Manaus, em 23 de novembro de 1919, ao longo de sua vida dedicada à arte, Claudio Santoro atuou como violinista, maestro, compositor e professor de música. Hoje, em homenagem aos seus 102 anos e para exaltar sua importância à cultura do nosso país, preparamos uma matéria especial sobre o artista.

Foto: Reprodução/Internet

A música esteve presente na vida de Claudio Santoro ainda dentro de casa: seu pai, oficial do exército italiano, tocava piano e era um exímio cantor. Logo, o interesse do menino pela área surgiu muito cedo e apenas aos 11 anos de idade ele iniciou os estudos de violino. Aos 14 anos, com o apoio do governo amazonense, que enxergou seu potencial, recebeu uma bolsa para o Conservatório de Música do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, onde estudou violino, harmonia e musicologia, concluindo o curso em 1937. 

No ano seguinte, Claudio deu início a uma grande paixão e ingressou no mundo da educação e pedagogia ao assumir o cargo de professor assistente de violino no mesmo lugar onde iniciou seus estudos. A partir de então, sua carreira apenas decolou, dentro e fora do Brasil, e ele passou a viajar pelo mundo para se apresentar, participar de eventos e cursos de aperfeiçoamento. 

Enquanto professor, Claudio Santoro também coordenou o Departamento de Música da Universidade de Brasília (UNB), do qual foi criador, e saiu durante o Regime Militar por não concordar com os ideais da ditadura, período em que diversos professores foram demitidos. Em março de 1979, fundou a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, que dirigiu até sua morte e, hoje, leva seu nome.

Claudio Santoro faleceu em 27 de março de 1989, em Brasília, fazendo o que mais amava: ele regia um ensaio da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília. 

Após a sua morte, diversas homenagens foram feitas, segundo o site que apresenta sua bibliografia completa. Orestes Quércia, então governador de São Paulo, assinou decreto nomeando o Auditório de Campos de Jordão como Auditório Claudio Santoro, a Prefeitura de Uberlândia também deu seu nome a uma praça e a Prefeitura de Cascavel, a uma Sala de Espetáculos. Em Brasília, o Teatro Nacional de Brasília passou a ser chamado de Teatro Nacional Claudio Santoro. No Amazonas, uma escola dedicada especialmente à formação de artistas leva seu nome: o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro foi fundado em 1998.

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