Com a criação da Ancine, em 2001, o cinema brasileiro passou a ter um maior incentivo. Porém, mesmo com todo o suporte concedido pela agência e por editais, ainda é difícil viver do audiovisual no Brasil, sobretudo na Amazônia. Em palestra realizada durante a I Semana de Meio Ambiente e Comunicação, César Nogueira, jornalista e produtor audiovisual, comentou os desafios e realidades da profissão na região.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), César é um dos fundadores da Artrupe Produções Artísticas, produtora cultural amazonense que visa produzir e disseminar a arte em suas mais variadas vertentes, desde o cinema à dança. Através da produtora, César teve a oportunidade de produzir filmes e videoclipes, mesmo que, muitas vezes, sem grandes incentivos.
Conheça algumas produções da Artrupe:
A menina do guarda-chuva
Aquela estrada
Fitas Livres – Supercolisor
Lulu – Luneta Mágica
Chama o cara de índio, Jander Manauara
Além do trabalho na Artrupe, ao longo de sua carreira, César acumula experiências trabalhando de forma independente para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), para a Agência EFE, serviço de notícias espanhol, para a Fundação Vitória Amazônica e para a agência Amazônia Real, através de colaborações, entre as quais ele destaca a produção do documentário Mata Cavalo, em 2018.
“Eu escolhi falar desse documentário porque foi uma oportunidade de conhecer uma outra Amazônia, uma Amazônia negra, uma outra perspectiva. Eu aprendi com os quilombolas e entendi qual é a luta deles.”
Mata Cavalo – Colaboração com a agência Amazônia Real
Com direção do jornalista Vandré Fonseca e do fotógrafo Bruno Kelly, o documentário conta a história de quilombolas do Mato Grosso para ver reconhecido o direito às terras deixadas por seus antepassados.
Além de falar sobre suas experiências enquanto profissional, César também deu algumas pistas sobre o que podemos aguardar de seus trabalhos futuros, destacando seu apreço pelas temáticas ambientais e de direitos humanos.
“Eu estou trilhando um caminho, como pessoa física, de fazer trabalhos relacionados a meio ambiente e direitos humanos. As pessoas estão começando a me procurar pela minha simpatia por essas causas.”
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