Patrícia Patrocínio; 13/10/2021 às 15:30

Cientistas criam primeiro atlas detalhado do cérebro humano

A conquista foi publicada na revista científica Nature e é resultado de cinco anos de estudos 

Um grupo de cientistas foi capaz de criar, pela primeira vez na história, uma espécie de atlas do cérebro, identificando os tipos de neurônios e suas funções nesse importante órgão do corpo humano. A conquista foi publicada na revista científica Nature e é resultado de cinco anos de estudos de pesquisadores, incluindo neurocientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Além dos benefícios para a saúde, os pesquisadores também buscam desvendar como o potencial do cérebro pode ser melhor aproveitado. Embora a informação de que usamos apenas uma pequena porção do nosso intelecto não seja real, é fato que o ser humano poderia aproveitar ainda mais a sua capacidade cognitiva se entendesse melhor como ela funciona.

(Fonte: Science/Divulgação)

Na tentativa de compreender esse importante órgão do ser humano, diversos cientistas já identificaram dezenas de células cerebrais no passado. Elas geralmente são classificadas pelo seu formato, tamanho e propriedades elétricas, além dos genes que são responsáveis pela sua formação e manifestação.

Porém, os novos estudos publicados recentemente identificaram cerca de cinco vezes mais células do que as análises passadas, criando um verdadeiro mapa do cérebro. O foco dos pesquisadores, ao menos inicialmente, é compreender o complexo conjunto de células motoras, o que inclui aproximadamente 160 bilhões de células, entre elas neurônios e células de suporte chamadas glia.

Como era de se esperar, a análise do cérebro e suas bilhões de células é um trabalho complexo e trabalhoso. Para ajudar nisso, a tecnologia desempenha um papel importante e diversos recursos foram utilizados para ajudar na pesquisa, como a Machine Learning, Inteligência Artificial e uma técnica nova chamada de transcriptômica, que é utilizada para medir a concentração de moléculas de RNA mensageiro (ou mRNA).

Com base nesse atlas do cérebro humano, os cientistas esperam ajudar a criar novos tratamentos para doenças neuropsiquiátricas e neurológicas. 

ARTIGO Nature: doi.org/10.1038/s41586-021-03950-0

 

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