Na quinta-feira, 9, o presidente chileno Sebastián Piñera promulgou a lei que permite o casamento entre casais homoafetivos no Chile – projeto que havia sido aprovado pelo Legislativo na última semana.
A cerimônia contou com ministros de Estado, autoridades do governo e representantes de organizações que se empenharam em promover a iniciativa desde o começo. Piñera também agradeceu ao trabalho feito pela ex-presidente Michelle Bachelet em relação à nova normativa.
Em seu discurso, o presidente afirmou que “o matrimônio é a instituição que encarna valores muito profundos da nova sociedade, como o valor do amor, da fidelidade, o respeito, o acolhimento, a solidariedade e o valor de uma família”, disse.
“Porque é através do matrimônio que duas pessoas se unem em um projeto de vida comum, prometem um ao outro amor e ajuda na saúde e na doença, assim como em outros pontos da vida”.
Um dos momentos que também marcou a cerimônia foi quando o presidente esclareceu que a Lei do Casamento Igualitário também respeita a liberdade dos matrimônios religiosos. Ele também reconheceu que sua visão sobre a união de casais homoafetivos era diferente no passado.
“Essa lei também protege a liberdade religiosa, porque é uma lei sobre o casamento civil que respeita os religiosos, que têm liberdade para definir suas próprias condições e naturezas”, afirmou.
“Sabemos que, em nosso país, há posicionamentos distintos sobre esse assunto. Sem dúvida os reconhecemos como legítimos e respeitáveis. De fato, no passado meu olhar foi diferente, mas, assim como é importante atuar na vida com convicções profundas, também é importante poder evoluir e ter e desenvolver novas perspectivas”, disse o presidente.
A promulgação da lei também foi compartilhada nas redes sociais do governo do Chile. “Hoje reafirmamos com força que amor é amor”, diz a publicação, que compartilha também os principais aspectos do projeto aprovado.
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