Hilana Rodrigues; 12/07/2021 às 10:00

Documentário “Bayaroá” retrata luta por educação indígena no Amazonas

A obra possui entrevistas no formato bilíngue (Tukano e Português) e uma mostra dos rituais com cantos e danças Tukano

Será apresentado nesta quinta-feira, 15, às 17h, em sessão gratuita no Centro Cultural Povos da Amazônia o documentário “Bayaroá”, a história de como surgiu o Centro Municipal de Educação Escolar Indígena Bayaroá.

A história tem como introdução a vinda para Manaus do cacique Tukano Justino Pena, nascido em São Gabriel da Cachoeira, que se mudou com a família carregando os conhecimentos da língua materna e tradições culturais. Determinado em preservar os saberes ancestrais de seu povo, formou uma associação cultural e buscou, junto à Secretaria Municipal de Educação, a criação de uma escola diferenciada para os indígenas. 

No filme, Justino comenta sobre a importância de preservar e repassar os conhecimentos indígenas. “Bayá é uma pessoa responsável por cada canto dos povos indígenas. Ela abrange como se fosse um pai, que orienta as pessoas. Que traga seu conhecimento, que repasse seus conhecimentos, suas medicinas, culturais, espirituais, de cura. Bayaroá nasce com esse conhecimento”, conclui no filme.

As gravações foram realizadas na sede da Associação Cultural da Comunidade Bayaroá, localizada no Km 04 da BR-174. O filme traz como personagens principais o líder Tukano e a professora indígena Rosiane Lana com entrevistas no formato bilíngue (Tukano e Português) e uma mostra dos rituais com cantos e danças Tukano.

Contemplado pelo Prêmio Feliciano Lana, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, via Lei Aldir Blanc, a obra foi produzida pelas assessoras pedagógicas da Gerência de Educação Escolar Indígena da Semed, Eneida Afonso e Fabiene Priscila e tem a direção de Cleinaldo Marinho.

“Acredito que a preservação da cultura, das tradições e da língua materna são de extrema importância, não somente no contexto dos povos indígenas, mas em todo o contexto do ser humano, que é a sua valorização; valorização da tua origem, da tua história. A partir daí, você começa a buscar novos conhecimentos, mas sem perder a sua essência”, afirma Cleinaldo.

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