Nayá Costa; 16/12/2019 às 14:00

A era da inteligência artificial aumenta o diálogo com o consumidor

Com a nova tecnologia, a publicidade tende a passar por mudanças que vão do visual ao sonoro

Anos atrás a idéia de criar um diálogo com o consumidor era resumida em “conversas” virtuais. Agora, com a popularização de produtos inteligentes, como smart speakers (caixas de som inteligentes), as empresas vêem na nova tecnologia a possibilidade de conversar de fato com o consumidor.

Nos lares americanos, o uso dos smart speakers se tornou comum. Segundo uma pesquisa da Consumer Intelligence Research Partner, existem 76 milhões de americanos com acesso aos speakers. Com isso, as grandes empresas já começaram a investir no contato com os consumidores com serviços voltados aos aparelhos inteligentes. Um exemplo é o Spotify, que liberou seu serviço Spotify Connect gratuitamente para os usuários do mundo todo reproduzirem músicas e playlists personalizadas em seus smart speakers. 

A possibilidade do serviço se popularizar entre os consumidores brasileiros aumentou após o lançamento do Nest Mini – smart speaker criado pelo Google – às vésperas da Black Friday no Brasil. A expectativa da empresa é que o serviço chegue logo aos lares brasileiros, que se encontram distantes da era da inteligência artificial que vive o resto do mundo.

O uso dos assistentes inteligentes está em alta, e com isso a publicidade vê uma nova oportunidade no mercado. Sempre que surge uma tecnologia, as marcas iniciam o processo de estudo e contato com o novo produto, seus serviços e o consumidor. Se tratando dos smart speakers, a conexão entre serviços e consumidor tende a aumentar, visto que agora existe uma nova ferramenta de comunicação diferente de todas. Segundo Maia Mau, head de marketing de hardware do Google, “Existe um tipo diferente de interação para se criar” e para isso os publicitários devem usar e abusar da criatividade para criar esse vínculo com o público. “O smart speaker é um terreno fértil para agências, marcas e criativos terem boas ideias”, completa.

Dirigir sem as mãos?

Dirigir um carro sem as mãos parece coisa de ficção, mas o que parecia um sonho distante virou realidade com os carros inteligentes. A nova tecnologia está sendo desenvolvida pelo google há um tempo, e se tudo der certo em um futuro bem próximo poderemos controlar nossos carros através de smartphones. 

O protótipo é elétrico, possui dois assentos, possui sensores de identificação e é sem volantes nem motorista. O painel apresentará apenas dois botões: um para ligar e outro para desligar o automóvel. A ideia por trás da iniciativa da empresa visa diminuir a quantidade de acidentes de trânsito, aumentando o conforto do passageiro.

De carros à cidades

Uma fantasia de cinema que está se tornando realidade: a primeira cidade inteligente do mundo. Projetada pelo arquiteto italiano Stefano Boeri e inspirada na civilização Maia, a cidade eco inteligente ficará pronta em 2026. O objetivo do projeto é criar uma cidade autossuficiente, com polos dedicados à inovação, centros de pesquisa, empresas ecológicas e universidades. A cidade funcionará como o Vale do Silício sustentável, com a possibilidade de criação das futuras multinacionais de sucesso. Os principais meios de transporte dentro da cidade serão artificialmente inteligentes, como os carros elétricos. As residências também não ficarão de fora da tecnologia, pois dentro delas serão instalados sensores para armazenar dados de consumo, para assim economizar a energia.

Haverá, sem dúvidas, um impacto na forma com que se dá a comunicação. O trabalho visual, que sempre foi muito trabalhado para chamar atenção, está sendo substituído pelos sons. Assim, as marcas deverão explorar um território totalmente novo: o diálogo, de fato, com as pessoas.

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