A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) marca presença na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) deste ano, em Sharm El Sheikh, no Egito. Com o objetivo de reinserir o Brasil nas principais discussões internacionais sobre o clima, a FAS participa ativamente com eventos focados em mercado de carbono, desenvolvimento sustentável da Amazônia, justiça climática e fontes de energia sustentáveis.
Anualmente, a fundação tem participação qualificada na conferência. Maior instituição amazônida, a FAS reforça que a Amazônia e os povos da floresta são protagonistas nas discussões climáticas, que precisam ser humanizadas. Mais de 40 milhões de pessoas vivem na Pan-Amazônia, e elas precisam estar mais próximas do debate global.
“A FAS leva consigo a plataforma dos povos originários e comunidades vulneráveis da Amazônia, por meio dos seus 14 anos de experiência na construção colaborativa de projetos e soluções junto às pessoas que cuidam da floresta. Soluções tecnológicas e em políticas públicas estão entre as inovações implementadas pela FAS”, ressalta o superintendente de inovação e desenvolvimento institucional da FAS, Victor Salviati.
A COP27 espelha o desafio global de avançar as ações para conter as mudanças climáticas diante de um contexto marcado por diversas crises. Além da questão ambiental, estão na pauta as crises energética, alimentar e financeira. Portanto, é urgente que haja avanços na adaptação climática e nas negociações de acesso ao financiamento climático.
O Brasil entra na COP com a difícil missão de apresentar soluções a estas crises: desmatamento, fome e insegurança alimentar, e violência no campo. Segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), o desmatamento da Amazônia correspondeu a 49% das emissões de gases estufa no país em 2021. No período, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou a derrubada de mais de 13 mil km² da floresta, um aumento de 22% em relação a 2020.
Dar atenção à Amazônia é urgente para a mitigação dos efeitos da crise climática global. Diante desse cenário, a FAS atua ativamente para a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais que a floresta presta à população mundial durante a crise climática.
Após a conclusão das negociações sobre o artigo 6 do Acordo de Paris na COP26, o mercado de carbono tem se mostrado uma importante ferramenta para viabilizar ações de mitigação. Um dos principais exemplos do comprometimento da FAS na implementação de ações que contribuem para a redução da emissão de gases e no combate à crise climática é a coordenação e implementação do projeto “Destravando e Alavancando o Desenvolvimento de Baixas Emissões”.
Com auxílio do Secretariado Executivo da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCFTF) no Brasil e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), financiado pelo Governo da Noruega, esse projeto forma uma rede de seis organizações não governamentais de apoio aos nove governos estaduais da Amazônia Legal para acesso ao mercado voluntário de carbono.
Além disso, a FAS é referência na construção de metodologias de programas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Com o Programa Guardiões da Floresta, a fundação aumentou em 202% a renda média mensal de mais de 9,5 mil famílias de 583 comunidades ribeirinhas e indígenas, e reduziu o desmatamento em 43% (2009-2021).
Com trabalho na ponta em conjunto com atuações regionais e internacionais, a FAS contribui para o Brasil e o mundo no combate à crise climática, promovendo soluções sustentáveis com atores locais e mobilizando recursos e parceiros com o objetivo de manter a Amazônia viva, com todos e para todos.
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