Na manhã desta segunda-feira, 13, o jornalista André Trigueiro, da GloboNews, noticiou que os corpos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, desaparecidos desde o último dia 5, haviam sido encontrados no Vale do Javari, no interior do Amazonas. A informação foi dada a ele pela esposa de Phillips, Alessandra Sampaio.
Alessandra relatou a Trigueiro que a família de Phillips foi informada pela embaixada britânica de que se tratava dos corpos do jornalista e do indigenista, mas, em seguida, recebeu uma ligação da Polícia Federal confirmando a localização de dois corpos na região, e que estes ainda passariam por perícia para identificação.
Em thread publicada em seu perfil no Twitter, Trigueiro apresentou uma espécie de linha do tempo e como os fatos e informações chegaram até ele. Confira:
A família de Dom Phillips recebeu às 8:42 (horário de Londres) mensagem de Roberto Doring, da Embaixada brasileira no Reino Unido, pedindo que ligassem. Paulo Sherwood, cunhado de Dom Phillips, ligou e recebeu de Roberto a informação de que os corpos foram encontrados. (segue) pic.twitter.com/ZoHGHM8iqp
— André Trigueiro (@andretrig) June 13, 2022
Horas depois, a informação foi negada pela PF por meio de nota:
“O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM informa que não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos do Sr. Bruno Pereira e Dom Phillips. Conforme já divulgado, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e os pertences pessoais dos desaparecidos. Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados”.
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA), que denunciou o desaparecimento dos profissionais, também ratificou que não foram encontrados corpos.
Bruno Pereira e Dom Phillips estão desaparecidos há nove dias. Eles foram vistos pela última vez no trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas – este percurso dura, em média, 2 horas de lancha.
Na quinta-feira, 9, por meio de denúncias anônimas relacionadas ao desaparecimento de ambos, o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, foi preso em Atalaia do Norte. No mesmo dia, a lancha que Amarildo usava foi apreendida e passou por perícia, que constatou vestígios de sangue na embarcação. O material encontrado foi enviado para análise em Manaus, que especificará se trata-se de sangue humano ou animal. Com isso, sua prisão preventiva foi requerida.
No domingo, 12, as equipes de busca encontraram uma mochila, um notebook e um par de sandálias na área onde são feitas as buscas pelo jornalista inglês e pelo indigenista no interior do Amazonas. Segundo as autoridades, os itens estavam próximos da casa de “Pelado”.
Até o fechamento desta matéria, não houve novas informações e atualizações sobre o caso.
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