Sofia Lourenço; 06/01/2025 às 16:50

‘Stonehenge da Amazônia’: Parque Arqueológico do Solstício celebra legado milenar e impulsiona turismo sustentável

Parque Arqueológico do Solstício, em Calçoene, Amapá, oferece nova perspectiva sobre a cultura e ciência indígena, atraindo visitantes e pesquisadores para o legado milenar da Amazônia

O município de Calçoene, no extremo norte do Amapá, celebrou um marco histórico com a inauguração oficial do Parque Arqueológico do Solstício. A abertura, que ocorreu em dezembro de 2024, aproveitando o fenômeno do solstício de inverno, reforça a relevância cultural, científica e turística do sítio arqueológico conhecido como “Stonehenge da Amazônia”. 

Composto por mais de 120 blocos de granito dispostos em círculo, o local é uma evidência do avançado conhecimento astronômico dos povos indígenas que o construíram há mais de mil anos.

Imagem: Reprodução/ Rafael Aleixo

A transformação do sítio arqueológico em parque foi realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com o governo federal, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O projeto incluiu a instalação de infraestrutura moderna para receber visitantes, com áreas para exposições, visitas guiadas e atividades educativas, além de um centro de interpretação para aprofundar o conhecimento sobre o local.

Durante a cerimônia de inauguração, representantes do Iphan destacaram a importância de preservar o legado indígena e integrar o sítio à rota de turismo arqueológico do Brasil. A iniciativa também visa gerar oportunidades econômicas para a comunidade local, estimulando o desenvolvimento sustentável da região.

Os primeiros visitantes do parque participaram de visitas guiadas organizadas pelo Núcleo de Pesquisa Arqueológica (NuPArq), que destacou o alinhamento das pedras com eventos astronômicos, como os solstícios, e os usos do local em cerimônias religiosas e funerárias. 

A inauguração consolida o Parque Arqueológico do Solstício como um dos mais importantes sítios arqueológicos da América Latina. Agora, Calçoene se prepara para atrair ainda mais turistas e pesquisadores interessados em explorar esse legado milenar, que celebra a herança ancestral da Amazônia e promove o turismo sustentável na região.

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