O Psica 2025, considerado o maior festival independente da Amazônia e um dos mais potentes do Brasil, já tem data marcada: de 12 a 14 de dezembro, em Belém (PA).
Em sua 11ª edição, o evento chega com o tema “O Retorno da Dourada”, inspirado no ciclo migratório do peixe que cruza a bacia amazônica e simboliza o encontro entre culturas da região.
Com público de 100 mil pessoas em sua última edição, o festival deve novamente transformar a capital paraense em palco de diversidade musical, reunindo artistas consagrados e novos talentos.
Entre as atrações confirmadas está o trio manauara D’Água Negra, considerado uma das apostas do Psica em 2025. A compra dos ingressos está disponível neste site.
Conheça o D’Água Negra

O grupo é formado por Clariana Arruda, Bruno Belchior e Melka Franco e surgiu em Manaus durante a pandemia, criando um som que mistura ritmos regionais, beats eletrônicos, poesia urbana e influências de soul, jazz e breakbeat.
O primeiro trabalho lançado foi o EP Erógena (2021), seguido por músicas que refletem resistência e experimentação, como Acopalices, sobre o colapso da pandemia em Manaus, além dos singles mais recentes Escárnio e Corpo Quente, este contemplado pelo edital Natura Musical.
A trajetória da banda já inclui turnês em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, com participações na Sim São Paulo, Virada Cultural e Festival Se Rasgum.
O trio também conquistou reconhecimento nacional ao gravar um episódio para o programa Experimente, do Canal Bis/Multishow.
Aposta Psica e intercâmbio cultural
A presença do D’Água Negra no Psica integra o projeto “Aposta Psica”, que dá visibilidade a artistas emergentes da Amazônia.
Para Bruno Belchior, o convite simboliza um intercâmbio cultural entre Amazonas e Pará e fortalece o protagonismo musical nortista.
“Fazemos parte dessa geração que busca ressignificar o que é ser um corpo amazonense. Fugimos das alegorias esperadas e criamos novos imaginários da cultura da região”, disse.
Clariana Arruda reforça que o festival atua como uma frente de resistência cultural.
“A Amazônia é historicamente tratada como margem. Quando um festival como o Psica se abre para artistas de toda a região, ele rompe esse isolamento e afirma que não somos apenas vozes locais, mas parte de um território imenso, múltiplo e atravessado por desigualdades. Estar juntos, do Acre ao Amapá, é afirmar que a Amazônia não é fragmentada, mas um só corpo pulsante”.
A apresentação no Psica 2025 marca a estreia de um novo formato de sh
ow do D’Água Negra.
Segundo Melka Franco, será também a oportunidade de inaugurar no palco músicas do primeiro álbum oficial, previsto para o segundo semestre.
“O D’Água Negra já é conhecido pela dramaticidade. Vamos trazer mais performance e dança, mas sempre ao nosso jeito”, adiantou.

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