Thaís Andrade; 11/04/2024 às 16:58

Projeto apresenta teatro lambe-lambe em escolas de Manaus

‘Amélia e a Flor - Circulação de Teatro Lambe-Lambe’ segue sendo apresentado em escolas da capital até 12 de abril

Alunos da Escola Municipal Antônio Medeiros Da Silva, localizada no bairro União da Vitória, receberam as apresentações do projeto “Amélia e a Flor – Circulação de Teatro Lambe-Lambe” em Manaus. Além das apresentações de teatro lambe-lambe, os jovens também participaram de oficinas sobre a história do gênero artístico no Brasil, onde também refletiram e analisaram o enredo apresentado na encenação.

O projeto é realizado pela Menina Miúda Produções Artísticas e segue em circulação por escolas da rede pública de Manaus desde a última segunda, 8, e finaliza sua temporada de apresentações nesta sexta, 12, no IV CMPM – Escola Estadual Áurea Pinheiro Braga, situado no bairro Gilberto Mestrinho.

“Sabendo dos escassos consumos de cultura pela população de outras regiões da cidade de Manaus, o projeto visa oportunizar a democratização e difusão da linguagem do teatro lambe-lambe para estudantes das regiões longínquas da cidade de Manaus, sendo de fundamental importância o consumo cultural dos indivíduos a arte em suas diversas formas”, completa Cairo Vasconcelos, diretor e ministrador do projeto.

Visão superior do cenário do espetáculo (Divulgação)

O espetáculo conta a história da pequena Amélia, que tenta se proteger, dentro de um sótão, das consequências de uma guerra. A técnica do teatro lambe-lambe utiliza uma pequena caixa cênica, portátil, dentro da qual é encenado um espetáculo, que em geral tem curta duração, com a utilização de bonecos ou outros objetos que são animados.

Durante a apresentação, os alunos sentam-se à frente da estrutura e se inclinam para observar a encenação da boneca, manipulada pelo artista Cairo Vasconcelos, por meio de um buraco na caixa. Para se ambientarem mais com a obra, eles recebem o auxílio de um fone de ouvido para ouvir a trilha sonora do espetáculo.

Boneca Amélia, a protagonista da história, vista pelo buraco da caixa (Divulgação)

Visões

As impressões sobre a historinha apresentada no espetáculo são diversas. A estudante Laís Pacheco, 14, da nona série, achou a iniciativa bastante criativa. “Eu vi uma menina sobre uma estrutura, como uma casa, que basicamente estava sozinha. E quando a gente chega para ver ela, ela meio que nos vê e acaba se mostrando pra gente. Acho muito bom, porque isso parte da cultura, que leva o estudante a ter uma outra visão, não só com o teatro de pessoas, mas também com objetos ou bonecos”, declara ela.

Ainda sobre o espetáculo, a aluna Letícia Barbosa, 14, da oitava série, gostou bastante da boneca e da música apresentada como trilha sonora. “Eu vi que ela apresentava um pouco de solidão, tristeza, e queria estar com alguém. Ela enxugava o rosto como se estivesse chorando. Acho muito legal [essas iniciativas na escola] porque às vezes pode também ser um passatempo, e tem muitas curiosidades que a gente até nem sabe. E dá pra gente fazer perguntas também”, pontua ela.

Alunos observam explicação de Cairo sobre o interior da caixa (Divulgação)

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