Uma música pop é aquela que tem um pouco de tudo, agrega todo mundo e arrasta multidões. Pode ter uma pegada de rock, dance, funk e metal, só para transitar com facilidade entre outros gêneros e movimentar milhões de dólares anualmente à indústria fonográfica.
É um estilo dominado por mulheres. São elas que inovam, ditam tendências e produzem cultura pop. Cabe a elas apresentar as influências que serão a base da produção dos hits que vão dominar as paradas, charts, premiações e ficar na ponta da língua. Mas qual será a grande aposta dessas artistas para o ano de 2020? A resposta é simples e nostálgica, o Disco Pop!
Para te ajudar a entender melhor sobre esse movimento, vamos propor o seguinte desafio: assista “Stupid Love” (Lady Gaga), “Physical (Dua Lipa) e “Say So” (Doja Cat) em sequência.
Notou alguma semelhança? Esse grupo de canções está mergulhado na década de 1980, com sintetizadores, contrabaixo, uma guitarra limpa e chimbal da bateria que claramente identificam a era disco. Além disso, a estética dos clipes traz grandes referências a esse movimento marcado por cores vibrantes, produções exageradas e conceitos que fogem do tradicional ou trap/hip-hop que marcou o ano de 2019.
A música vive de ciclos e busca em suas raízes uma nova forma de recolocar estilos que já foram escutados no mercado, o destaque aos anos 80 é principalmente por essa ter sido uma fase de ouro da música mundial, assim como nos anos 90 e 2000 também. Todas as décadas estão em alta porque a nostalgia está sempre presente. Por quê? Porque quando você traz um artista novo que fez algo nostálgico, para os adolescentes de hoje aquilo é algo novo, mas quem viveu consegue engajar também, já que remete a algo que ele viveu, lembranças normalmente boas que refletem positivamente nas vendas.
Vale lembrar que apesar de ser um mercado dominado pelas “Divas do pop”, e o movimento nostálgico esteja sendo liderado por elas, diversos homens na indústria musical passam anos sem lançar nada e quando voltam não são recebidos com críticas sobre o tempo que passaram longe do holofote ou que a estética do novo álbum é mais do mesmo. Não são chamados de preguiçosos ou cobrados a se reinventar, simplesmente são considerados artistas “discretos”, mas em nenhum momento recebem o mesmo tratamento que uma artista mulher.
O novo movimento do pop já chegou. Devemos desfrutar ao máximo dos grandes trabalhos que estão e serão entregues por essas artistas no ano de 2020, sempre atentos a fazer críticas construtivas, afinal não é por se tratar de música que devemos esquecer o respeito!
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