O Boi Caprichoso alcançou um feito inédito na música regional e na história do Festival de Parintins. A toada “Málúù Dúdú – Boi Preto”, lançada em 2024 dentro do álbum “Cultura – O Triunfo do Povo”, ultrapassou a marca de 2 milhões de reproduções no Spotify, tornando-se a primeira toada de um bumbá a atingir esse número na plataforma.

O marco foi alcançado nesta quarta-feira (8) e consolida o Caprichoso como referência na difusão da cultura amazônica e na valorização da identidade afro-brasileira por meio da arte.
Composta por Adriano Aguiar, Tomaz Miranda e Gean Souza, “Málúù Dúdú” é uma homenagem à ancestralidade africana e à força do povo preto amazônico.
A canção mistura os batuques tradicionais do boi-bumbá com elementos rítmicos e melódicos que evocam raízes afro-brasileiras, reafirmando a proposta estética e política do Caprichoso em valorizar diferentes expressões culturais dentro da Amazônia.
Além do sucesso digital, a toada também se destacou nas apresentações do Festival de Parintins 2024, marcando o público com sua força simbólica e o impacto visual das alegorias inspiradas na cultura africana.
Para o compositor Adriano Aguiar, o reconhecimento é resultado do trabalho coletivo e da ousadia do Caprichoso em abordar temas contemporâneos sem perder a essência amazônica.
“Recebi a notícia com muita felicidade. Málúù Dúdú ser a primeira toada na história do Festival a atingir dois milhões de plays mostra a vanguarda do Caprichoso, que sempre busca tocar em questões relevantes e ousadas em sua melodia, letra e mensagem. Agradeço à nação azul e branca, que propagou a toada desde o ano passado. É uma conquista que ficará na história do Caprichoso”, declarou o autor.
Caprichoso celebra 112 anos de história
A conquista chega em um momento especial: o aniversário de 112 anos do Boi Caprichoso, comemorado em outubro.
O feito reforça a trajetória do bumbá, marcada por resistência, inovação e representatividade cultural.
Mais do que um marco musical, o sucesso de Málúù Dúdú mostra como o Festival de Parintins e a música regional amazônica vêm conquistando espaço nas plataformas digitais, ampliando o alcance da arte local para o Brasil e o mundo.

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