O multi-instrumentista, compositor e arranjador Jovino Santos Neto acaba de lançar o álbum “A Onça e o Pajé”, um trabalho musical que celebra o imaginário amazônico e exalta a riqueza rítmica do Brasil com toques de jazz. O disco foi gravado ao lado da Amazonas Band, sob regência do maestro Rui Carvalho, e lançado com um espetáculo especial no dia 6 de agosto, no Teatro Amazonas, durante o Amazonas Green Jazz Festival 2025.
Radicado em Seattle (EUA), Jovino é um dos nomes mais respeitados da música instrumental brasileira no exterior, com três indicações ao Latin Grammy e uma sólida carreira internacional. A nova obra marca mais um momento de conexão com a floresta, a ancestralidade e a identidade brasileira, e está disponível nas principais plataformas digitais.
Um diálogo entre jazz e Amazônia

O álbum “A Onça e o Pajé” foi concebido como uma homenagem sonora à Amazônia. Em sua faixa-título, lançada originalmente no festival do ano anterior, Jovino compôs uma narrativa musical que retrata a relação entre o pajé, os rios, a floresta e a onça — símbolo de força e misticismo na cultura amazônica.
Com uma mistura envolvente de jazz contemporâneo, baião, forró, xote e samba, o disco explora camadas harmônicas sofisticadas e melodias que evocam paisagens e mitologias da região. O resultado é uma obra que transita entre o popular e o erudito, o urbano e o ancestral, conectando o público com a essência musical da Amazônia.
Parceria com a Amazonas Band
Gravado com a participação da tradicional Amazonas Band, grupo mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, o disco tem a direção musical do maestro Rui Carvalho, que também é o curador do Amazonas Green Jazz Festival.
“Estamos falando de uma obra que nasceu no palco do Teatro Amazonas e que volta agora para o público em forma de lançamento. É uma oportunidade única de vivenciar um espetáculo que une identidade brasileira, imaginário amazônico e jazz”, destacou Rui Carvalho.
Trajetória de Jovino Santos Neto
Com uma carreira que começou ao lado do mestre Hermeto Pascoal, com quem tocou entre 1977 e 1992, Jovino consolidou-se como um dos maiores nomes da música instrumental brasileira. Sua discografia abrange obras autorais, colaborações e experimentações sonoras que o posicionam como um dos grandes inovadores da música brasileira no exterior.
Ao longo de sua trajetória, Jovino manteve o compromisso de valorizar os ritmos nacionais com sofisticação, sempre dialogando com o jazz, a improvisação e a liberdade criativa. Em “A Onça e o Pajé”, ele reafirma essa proposta ao se reconectar com a musicalidade da floresta.