A Galeria do Largo, localizada no Centro de Manaus, reabre suas portas nesta quarta-feira (15) com a inauguração da exposição “Sankofa: Moda, ancestralidade e o futuro afro-amazônico”, do artista e estilista Erlesson Souza.
A abertura acontece às 18h30, com entrada gratuita, e marca o retorno das atividades do espaço como um dos principais pontos de difusão da arte e da cultura amazônica.
A mostra tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), e propõe um mergulho sensorial no universo estético e simbólico das raízes afro-amazônicas reinterpretadas por meio da moda.
Inspirada na filosofia africana do povo Akan, o termo “Sankofa” significa “voltar e buscar o que ficou para trás”.
A exposição parte dessa ideia para criar um diálogo entre o conhecimento ancestral e a criação contemporânea, valorizando a moda como uma forma de resistência, pertencimento e expressão identitária.
As peças de Erlesson Souza extrapolam o vestuário: são manifestações que unem cores, texturas e símbolos, traduzindo a memória coletiva e a conexão com a terra.
Cada criação evoca a força da ancestralidade afro-amazônica, transformando o ato de vestir em uma afirmação de cultura e história.
Concepção artística e curadoria colaborativa

Com direção artística de Cristovão Coutinho e Rafaela Pimentel, “Sankofa” foi pensada como uma experiência estética e reflexiva.
O visitante é convidado a percorrer o espaço como quem atravessa tempos — o passado ancestral e o presente criativo — em busca de reconexão.
De acordo com os curadores, o conceito da mostra reforça a ideia de que a moda também é arte, capaz de questionar estruturas, preservar memórias e propor novos olhares sobre a identidade amazônica.
Ao ocupar novamente o coração histórico de Manaus, a Galeria do Largo se transforma, com “Sankofa”, em um território de celebração e reflexão sobre o papel da arte afro-amazônica na construção da identidade cultural da região.
A exposição propõe uma experiência que ultrapassa o visual — é um convite à sensibilidade, ao toque, às cores e aos sons que compõem o universo criativo de Erlesson Souza.
A proposta reafirma a moda como linguagem artística e o espaço cultural como um ambiente de diálogo e resistência.

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