Matheus Menezes; 06/11/2025 às 15:54

Festival Carimbolando celebra o Mês da Consciência Negra com oficinas e shows gratuitos

A celebração acontece no Quilombo de São Benedito, na Praça 14, com programação afro-amazônica

No dia 8 de novembro, o “Festival Carimbolando: Despertando o Sonho Cabano” segue com sua programação gratuita dedicada à valorização da cultura popular afro-indígena e amazônica no Quilombo de São Benedito, localizado na Av. Japurá, 1364 – Praça 14.

O evento é uma realização da Caldo Negro Produções, em parceria com os pontos de cultura Cocada Baré e Quilombo Urbano do Barranco de São Benedito, além do Movimento Marujada, integrando as ações em celebração ao Mês da Consciência Negra.

Foto: Divulgação

Inspirado na Cabanagem, movimento popular ocorrido no Pará entre 1835 e 1840, o festival busca exaltar as lutas e protagonismo dos povos negros, indígenas e caboclos que moldaram a identidade cultural da Amazônia. 

Para Andarilha, produtora cultural, o evento é um espaço de reafirmação dessas heranças culturais históricas.

“A integração desses coletivos mostra que nossa cultura segue viva, se reinventando e se fortalecendo na coletividade”, afirma.

Nesta edição, o festival reafirma seu compromisso sociocultural ao promover apresentações musicais, rodas de diálogo e oficinas formativas abertas a todos os públicos, tanto à comunidade do Quilombo de São Benedito e suas imediações, quanto de outras regiões da capital manauara.

A proposta é incentivar a participação de todos os interessados em vivenciar os saberes e tradições das culturas negras, afro-indígenas e populares. 

Para Rafaela Fonseca, produtora cultural do Quilombo de São Benedito, o festival representa “uma afirmação identitária e um empoderamento da comunidade, ao valorizar a cultura afro-amazônica e promover o protagonismo dos próprios moradores do território”.

O Carimbolando: Despertando o Sonho Cabano reúne ainda a participação de artistas e grupos como Grupo Maroaga, Maracatu Eco da Sapopema, Do Quilombo se fez Samba Raiz, Samba da Cor, Movimento Marujada e Marujada de Guerra, promovendo uma verdadeira celebração das matrizes afro-indígenas e da diversidade cultural amazônica.

“Estar nesse espaço é reconhecer que a cultura é resistência, é identidade e também um chamado para que a sociedade valorize as expressões populares e tradicionais que compõem a nossa história e a cultura amazônica”, reforça Andarilha.

O projeto foi contemplado pelo Edital nº 009/2024 do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), com apoio do Ministério da Cultura e da Prefeitura de Manaus, atendendo ao programa de Cultura Itinerante do município. A iniciativa também conta com o incentivo do Programa dos Agentes Territoriais de Cultura, coordenado na Região Norte pelo Ministério da Cultura, em parceria com o Instituto Federal do Pará (IFPA).

Confira a programação 

8 de novembro (sábado)

15h – Grupo Maroaga

16h – Maracatu Eco da Sapopema

17h – Samba da Cor

18h – Cocada Baré

19h – Do Quilombo se fez Samba Raiz, com participação especial de Sisi Rolim

20h às 22h – Marujada de Guerra, Movimento Marujada e convidado

 

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