O Centro Cultural da Amazônia (CCPA) recebe a exposição “Olhares da Amazônia 2”, que exibe imagens captadas por moradores do Rio Arapiuns, no Pará, que registraram o cotidiano de suas comunidades, em uma perspectiva intimista e genuína da vida amazônica.
A mostra segue disponível até o dia 2 de outubro e a entrada é gratuita, com classificação livre. O público pode visitar o local de terça a sábado, das 9h às 15h, no espaço localizado na Av. Silves, 2.222, Distrito Industrial, zona sul de Manaus.

As fotografias são resultados de oficinas realizadas nas comunidades, em julho deste ano. Jovens, crianças e adultos foram estimulados a usar a câmera não apenas como um instrumento técnico, mas como ferramenta de memória e expressão cultural.
O processo formativo estimulou o olhar sensível para o cotidiano e a valorização dos saberes tradicionais. Os registros revelam momentos de convivência, dia a dia, saberes tradicionais e a profunda relação das comunidades com a floresta, evidenciando a força da narrativa visual a partir de dentro da própria comunidade.
Para o professor Rivalnir Pedroso, da Aldeia Atrocal, preservar essas memórias é essencial. “É importante a gente valorizar aquilo que é nosso, para que isso não se perca, porque se a gente não fizer esse resgate, daqui há algum tempo, a geração que está vindo aqui não vai mais ter contato com essa cultura”, afirma o professor.

Em cada imagem, é enfatizado os fragmentos do patrimônio material e imaterial da Amazônia aos visitantes do evento. A exposição também reforça a importância da cultura no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ressaltando especialmente aqueles voltados à preservação do meio ambiente, à proteção da biodiversidade e a valorização das identidades locais. Ao destacar os olhares das comunidades, a programação reafirma a necessidade de reconhecimento e fortalecimento das práticas culturais vivas entre as pessoas e a floresta.
O projeto é viabilizado pelo Ministério da Cultura e pela Camino, por meio da Lei Rouanet, com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, da Sonoco do Brasil e colaboração da ONG ImageMagica e do Instituto Omama.

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