Começa nesta quarta-feira, 29, às 18h a 3° Edição do “Territórios Sonoros e Corporais”. O evento, que segue até sábado, 1º, é fruto do laboratório de experimentações que busca regionalizar as danças que nascem na África e se conectam pela história, ritmos musicais, trocas culturais e por uma sabença que permite artistas nortistas expressarem sua força, arte e corporeidade amazônida. As inscrições são gratuitas, e podem ser realizadas presencialmente na sede da Associação dos Moradores do Pacoval (AMPAC) durante todo o evento.
Em sua 3ª edição, o projeto desembarca na Pérola do Marajó, convidando toda a comunidade de Soure, no estado do Pará, a participar das oficinas de música modal, dança do ventre, corpo curimbó, dança do ventre infantil e produção cultural.
A iniciativa propõe um encontro de saberes, artes e cultura popular entre a cultura regional paraense e a cultura norte africana até a região do levante, onde a dança e a música são um fio condutor para uma viagem na história, musicalidade e movimentos artísticos, apresentando ao público elementos do arabismo que tem suas influências muito presentes na construção da identidade da cultura brasileira. A proposta do trabalho é celebrar e recriar essas conexões, celebrando nossa própria herança cultural.
Esse ano o projeto tem sua terceira edição contemplada pela Lei Paulo Gustavo (LPG), e é mais uma conquista para a artista Ana Oliveira, que tem seu trabalho e linguagem artística reconhecida em leis de incentivo e editais a nível nacional e América Latina. A dança do ventre no Norte do Brasil é um segmento artístico muito bem representado e com muitas praticantes a nível profissional e amador, é uma dança presente na atividade dos paraenses, que logo se reconhecem por ter a dança do lundu em sua raiz cultural, muito próxima da dança do ventre. E foi dentro das semelhanças, heranças e memórias afetivas que se constrói esse projeto.
“O ‘Territórios Sonoros e Corporais’ é uma ferramenta de intercâmbio que nos possibilita construir artisticamente uma nova linguagem, sem se desprender de toda a ancestralidade que elas carregam. A cultura regional paraense é extremamente rica, culturalmente cheia de possibilidades. Estar no Marajó é mergulhar na raiz dessa cultura, é adquirir uma sabedoria que só estando nesse território é possível mensurar”, reflete Ana Oliveira, artista paraense, intérprete-criadora em dança e produtora do evento.
Essa pluralidade de corpos, vozes, ritmos e conhecimentos, faz do “Territórios Sonoros e Corporais” um lugar de potência, onde a arte não se limita. A proposta ainda conta com um Sarau Etno Cultural, concerto didático que possibilita um intercâmbio cultural entre a cultura paraense e cultura oriental, que ocorrerá no encerramento do projeto, no dia 1º de junho na sede da AMPAC a partir das 19h, com a participação de artistas da dança e da música de Belém, Icoaraci, Rio de Janeiro e Soure.
Além disso, o Sarau terá a apresentação do Mestre Dikinho e Mestre César do Regatão trazendo grandes composições da música popular paraense e da música oriental árabe sendo executadas com instrumentos como Alaúde, Flauta Nay e derbak, com performances de artistas da dança interpretando parte desse repertório escolhido com muita representatividade e memória afetiva, com a participação especial do grupo de carimbó Tambores do Pacoval.
O projeto “Territórios Sonoros e Corporais” é um dos projetos selecionados pelo edital de chamamento público nº 13/2023 – Dança da Lei Paulo Gustavo – LPG, e conta com o apoio da AMPAC Soure e do coletivo Nagambi.
Programação
Dia 29 – Oficina de Corpo Curimbó com Samilly Maria
Horário: 18h00 às 19h30
Oficina de Distribuição fonográfica do Carimbó com Hugo Caetano
Horário: 19h30 às 21h00
Dia 30 — Oficina de Dança do ventre como ferramenta para crianças com Kathy Araújo
Horário: 09h30 às 11h30
Oficina de Música Modal com Pedro Rebello
Horário: 16h00 às 18h00
Oficina de Corpo Curimbó com Samilly Maria
Horário: 15h00 às 18h00
Dia 31 — Oficina: Do ventre ao coração com Ana Oliveira
Horário: 15h00 às 17h00
Oficina de Música Modal com Pedro Rebello
Horário: 17h00 às 19h30
Oficina de Distribuição fonográfica do Carimbó com Hugo Caetano
Horário: 19h30 às 21h00
Dia 1º — Sarau Etnocultural Territórios Sonoros
Horário: 18h00 às 19h30
Serviço
Projeto “Territórios Sonoros e Corporais”
Quando: 29/05 até o dia 1º/06
Onde: Sede da AMPAC — Tv. Vinte e Três, 2-60 – Pacoval, Soure – PA
Inscrições: Gratuitas e durante todo o projeto
Rede Sociais: Instagram @sterritoriossonoros
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