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Dia Nacional do Teatro: #MercadizarEntrevista Felipe Maya Jatobá

O Dia Nacional do Teatro, comemorado em 19 de setembro, presta homenagem a uma das manifestações artísticas mais antigas da humanidade. No Brasil, essa data também celebra o “Dia Nacional do Teatro Acessível”, uma importante conquista para a democratização do acesso à cultura.

Arte: Mercadizar

O teatro, enquanto expressão artística, tem raízes profundas na história. A primeira forma de teatro surgiu no Oriente, ligada a rituais religiosos, mas foi na Grécia Antiga que a arte teatral ganhou contornos de espetáculo. No Brasil, o teatro começou a se desenvolver no século XVI com a chegada dos jesuítas, que o utilizavam como ferramenta para a catequização. No entanto, foi apenas no século XIX, com a influência do Romantismo e a chegada da família real portuguesa, que o teatro brasileiro floresceu, sobretudo com o surgimento dos primeiros grupos de teatro nacionais.

Apesar de seu papel fundamental na cultura brasileira, o teatro enfrentou retrocessos durante a ditadura militar (1964-1985), que impôs censura e restrições à liberdade de expressão. Contudo, artistas persistiram, e o fim do regime ditatorial trouxe uma nova vitalidade à cena. A criação de grupos como o Teatro Experimental do Negro (TEN) de Abdias do Nascimento e iniciativas voltadas à inclusão, como o teatro acessível, fortaleceram o caráter transformador da arte.

Neste contexto de celebração e reflexão, o Mercadizar entrevistou Felipe Maya Jatobá, ator, produtor e diretor do Grupo Jurubebas de Teatro, criado em 2016 em Manaus. Ele compartilhou sua jornada no teatro e suas percepções sobre a importância dessa arte. 

Felipe descreve sua relação com o teatro como visceral, quase vital. “O teatro me alimenta o espírito, o intelecto, a beleza do mundo e as formas de lidar com ele”, afirmou. Sua trajetória começou com um dilema: seguir a carreira acadêmica em História ou dedicar-se ao teatro. O teatro venceu, tornando-se uma necessidade em sua vida.

Imagem: Acervo pessoal

Felipe cita figuras importantes para sua trajetória, como Francis Madson e Ana Claudia Motta, artistas locais de Manaus que o inspiraram e abriram portas para sua carreira. Ele reforça a importância de estudar a história do teatro e de valorizar os que vieram antes, pois “alguém lutou pelo meu direito de fazer um teatro com a minha própria voz”, destacou.

Quanto ao que o Dia Nacional do Teatro representa, Felipe destaca a relevância da data para a valorização da arte e da cultura no Brasil, especialmente no que tange às políticas públicas.

“O teatro brasileiro, em especial o teatro produzido no Norte do país, precisa ser entendido como um espaço que vai além da representação; é um diálogo com o que a sociedade pensa e o nosso dever, vocação ou sonho estão inteiramente ligados a oportunidades”, refletiu o ator.

A arte, como disse o poeta Ferreira Gullar, existe porque só a vida não basta, e neste dia 19 de setembro, comemoramos os espetáculos, a força e a voz de quem faz o teatro acontecer, principalmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros, onde a arte é, mais do que nunca, um ato de resistência.

Imagem: Acervo pessoal

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