“Só” não é sobre ser sozinho, é sobre se ver. E foi assim que em meio a tantas reflexões e incertezas, Gabi Farias chegou em um ponto de reinvenção. O videoclipe, que já tem data de lançamento prevista para o próximo sábado, 12, no canal do Youtube da cantora, conversa com a essência da música de se fazer inteira e encontrar outras maneiras de olhar variadas situações.
“Na época em que ‘Só’ veio até mim, eu a entendia num momento de solidão, como num canto de dor e tristeza. Depois que ela ganhou mais vida, foi tomando outros significados, se transformando em um canto de superação e afirmação. E por causa disso, de tudo o que esse EP me fez passar, com a exigência de um amadurecimento muito rápido em um curto período, eu reli ‘só’ como uma canção de várias faces. Em cada momento ela foi se mostrando uma versão, assim como eu apresentava outra versão de mim mesma”, relatou Gabi Farias.
O referido EP se chama “Vazante” e foi o trabalho de estreia da artista enquanto cantora solo, o videoclipe de “Só” vem para marcar o fim do ciclo do projeto, e dar início ao novo trabalho de Gabi que já está em processo de produção e se chamará: “Enchente”.
Dança no Vídeo
Um dos maiores destaques ligados ao videoclipe é que ele se baseia na arte da dança. “Através do meu desejo de dar mais força ao protagonismo feminino dentro da arte, em diferentes áreas, eu comecei a buscar referências em que a dança, linguagem que eu sempre admirei, pudesse falar o que eu não precisava mais falar sozinha”, explicou a cantora.
Em um processo de mais de seis meses, a artista junto ao seu balé e coreógrafo Arley Paiva, sócio proprietário do Studio 7 Núcleo de Dança, desenvolveram um trabalho coreográfico único que foi registrado pelas câmeras da diretora Grazi Praia no Palácio Rio Negro, Centro da cidade.
“Desde o momento em que comecei a reunir ideias sozinha até o momento em que eu tinha uma equipe inteira trabalhando comigo, o clipe se transformou em um movimento por si só. Reforçando ainda mais a ideia de renovação que eu sentia a cada passo que eu vinha dando”, complementou a artista.
Cinco mulheres: bailarinas, professoras, artistas e pesquisadoras, cada uma em sua própria história apresentando várias versões. “Dentro da minha história elas são os diferentes reflexos que eu já vi de mim mesma. As outras versões de mim. Às vezes nem cabem de tão fortes”, disse.
Só Não É Só
“Estar só é aprender a se conhecer. Aprender a se amar, a se odiar, a sentir saudade de um jeito diferente. Solitude e solidão vivem se confundindo nesse estar só. E eu idealizei esse clipe como um refúgio, uma forma de expressar o que eu acredito, em quem eu acredito, como eu acredito”, afirma Gabi.
Por acreditar no poder da troca entre as linguagens artísticas, a cantora escolheu a dança para se expressar, o que permitiu que ela criasse espaço para outros artistas. “A gente precisa de espaço, e quanto mais melhor, a cada novo trabalho eu me surpreendo ainda mais com as dificuldades que podem ser enfrentadas por nós, e cada vez mais eu reafirmo essa necessidade de criar esse palco para todos nós”, completou.
A música ganhou interpretações muito diferentes de pessoa para pessoa. Para a maioria, “Só”, acaba sendo sinônimo de companhia. Eu gostaria que as pessoas percebessem as vantagens de sermos múltiplos, de vivermos fases e de podermos nos construir de maneiras diferentes em cada uma delas. É como se vivêssemos uma vida diferente, através de cada experiência nova. É o que cada uma das bailarinas representa, uma versão de mim, e ao mesmo tempo uma outra versão delas mesmas”, disse.
Ficha Técnica
Realização: Teçá Filmes
Direção: Grazi Praia
Montagem/Edição: Grazi Praia
Direção de Fotografia: Maria Paula Santos/Grazi Praia
Assistência de Fotografia: Fernanda Delfino
Making Off: Alonso Jr.
Direção de Arte: Gabi Farias
Produção Executiva: Gabi Farias
Assistência de produção: Fernanda Delfino/Aline Lopes
Maquiagem: Isabella Dantas/Fernanda Delfino
Figurino: Paula Vasconcelos
Coreografia: Arley Paiva
Bailarinas: Bárbara Aranha, Isabella Dantas, Kamila Vasconcelos, Lorena Leles, Tayná Neves
Agradecimentos: André Carvalho, Elisa Maia, Frank Menezes, Elena Bessa, Lidijane Nogueira, Fabiane Fogaça, Stephanie Ribeiro, Coletivo Difusão, Studio 7 Núcleo de Dança e Secretaria de Cultura e Economia criativa do Amazonas – SEC
Fonte: Assessoria
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