Isabella Botelho; 18/08/2022 às 11:00

Batalha de São Brás convida artistas e público para somar ao rap paraense

Duelo é eliminatória estadual para o Duelo de MC's Nacional

No próximo sábado, 20, acontece a primeira Batalha de São Brás do segundo semestre de 2022. Com Pelé do Manifesto, um dos grandes representantes do rap paraense, os MCs duelarão a partir das 17h na praça Floriano Peixoto, no Complexo do Mercado de São Brás, em Belém. Das 16 vagas para a batalha, 12 estão disponíveis e, para participar, os MCs interessados devem chegar cedo à praça e garantir seu nome no sorteio.

Foto: Divulgação/Assessoria

Primeira batalha de MCs fixa do Pará, a Batalha de São Brás acontece desde 2013 e integra a cena cultural de Belém como um dos principais movimentos urbanos da Amazônia. Hoje, abriga diferentes linguagens e movimentos culturais urbanos, como o skate, o breakdance e o picho. Além de sua importância para a cultura, a batalha funciona ainda como uma eliminatória estadual do Duelo de MC’s Nacional desde 2018. 

Para Ana Paula, também conhecida como MC Cakau, uma das MCs selecionadas desta edição da batalha, o rap é um meio para fortalecer as próprias vivências e diferentes realidades: “Acredito muito que o rap é um meio de comunicação, uma ferramenta muito forte que abre portas para as periferias”. Ela complementa sobre a importância da participação das mulheres no rap: “Em Cametá não tinha mulheres que faziam rap e nem rima, e quando eu venho para cá [Belém], eu já conheço um grande número de mulheres na cena. Pode parecer pequeno para elas, mas pra mim é muito grande”.

Daniel ADR, que é rapper, produtor musical e um dos organizadores da Batalha de São Brás, destaca a importância do evento dentro da cena cultural da cidade de Belém: “São quase 10 anos de Batalha de São Brás, e é muito gratificante cada vez mais estarmos nos profissionalizando e conseguir um giro financeiro da cadeia produtiva da cultura local, além de fomentar a economia criativa dentro do espaço”, diz. 

Esta edição da Batalha de São Brás conta com o apoio cultural do governo do estado por meio da Fundação Cultural do Pará e das produtoras NAMAZÔNIA e Fazendo a Arte Acontecer.

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