A questão racial é presente todos os dias na vida de negros e brancos no Brasil, seja para reprodução de privilégios ou de opressão, a psicologia explica que nossa lógica é fundamentada em um processo de percepção, generalização e classificação, fatores esses que são responsáveis pelos esquemas mentais que construímos sobre pessoas e situações, observando isso, neste feriado do Dia da Consciência Negra o mercadizar listou alguns livros de autores pretos que convidam a uma reflexão sobre os pensamentos raciais brasileiros responsáveis pela manutenção das engrenagens racistas presentes no cotidiano.
Para Angela Davis não adianta não ser racista, se faz necessário ser antirracista e para isso é preciso esforço, estudo, escuta, busca e compreensão.
Que as reflexões feitas neste dia sigam presentes em todos os dias do ano.
Boa leitura.
1- Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil
por Sueli Carneiro
Entre 2001 e 2010, a ativista e feminista negra Sueli Carneiro produziu inúmeros artigos publicados na imprensa brasileira. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil reúne, pela primeira vez, os melhores textos desse período. Neles, a autora nos convida a refletir criticamente a sociedade brasileira, explicitando de forma contundente como o racismo e o sexismo têm estruturado as relações sociais, políticas e de gênero. Num momento em que nosso país se depara com temas polêmicos, como o Estatuto da Igualdade Racial e as cotas em universidades, a Coleção Consciência em Debate pretende discutir assuntos prementes que interessam não somente aos movimentos negros como a todos os brasileiros. Fundamental para educadores, pesquisadores, militantes e estudantes de todos os níveis de ensino. Coordenação de Vera Lúcia Benedito.
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2- Negritude – Nova Edição: Usos e sentidos
por Kabengele Munanga
O que significam a negritude e a identidade para as bases populares negras e para a militância do movimento negro? Por onde deve passar o discurso sobre essa identidade contrastiva do negro, cuja base seria a negritude? Passaria pela cor da pele e pelo corpo unicamente ou pela cultura e pela consciência do oprimido? A partir de questionamentos como esses, Kabengele Munanga debruça-se sobre a construção identitária do Brasil ao longo dos tempos, partindo do princípio de que o conceito de identidade recobre uma realidade muito mais complexa do que se pensa, englobando fatores históricos, psicológicos, linguísticos, culturais, político-ideológicos e raciais.
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3- O Quilombismo
por Abdias Nascimento
Resposta ao racismo institucionalizado em nosso país, o Quilombismo propõe soluções, antecipa temas e descortina novos horizontes de atuação pública no Brasil. Lavrado com a verve, a profundidade e a indignação que caracterizaram todo o trabalho e a luta de Abdias Nascimento e tendo vindo à luz nos estertores dos paradoxais anos 1970, tempos de opressão, mas também de criatividade libertária, este livro propõe, em seus dez documentos, um programa de ação, elaborado da perspectiva dos afrodescendentes, que retoma a experiência comunal dos quilombos para, a partir daí, alicerçar uma proposta de mobilização e transformação sociopolítica em enfrentamento a atmosfera de preconceito difuso e insidioso que lhes sufoca a existência.
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4- Racismo Recreativo
por Adilson Moreira
Neste volume da coleção Feminismos Plurais, pela primeira vez, a relação entre racismo e humor é aprofundada. Por um ponto de vista jurídico, o advogado, doutor em Direito, Adilson Moreira esmiúça os conceitos de racismo e injúria racial, explicitando o viés racista da Justiça brasileira quando sentencia que produções culturais, como programas humorísticos, que reproduzem estereótipos raciais não são discriminatórias por promoverem a descontração das pessoas.
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5- Interseccionalidade
por Carla Akotirene
A intenção da coleção Feminismos Plurais é trazer para o grande público questões importantes referentes aos mais diversos feminismos de forma didática e acessível. Neste volume, a autora Carla Akotirene discute o conceito de interseccionalidade como forma de abarcar as interseções a que está submetida uma pessoa, em especial a mulher negra. O termo define um posicionamento do feminismo negro frente às opressões da nossa sociedade cisheteropatriarcal branca, desfazendo a ideia de um feminismo global e hegemônico como diretriz única para definir as pautas de luta e resistência. (edição revista em parceria com a Pólen Livros)
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