Neste 15 de maio, Dia Nacional do Orgulho Trans e Travesti, o Mercadizar homenageia seis artistas da região Norte que transformam suas trajetórias em potentes manifestações culturais.

Uýra Sodoma
A artista manauara Uýra, indígena e travesti, se define como “a árvore que anda”. Bióloga de formação e mestra em Ecologia da Amazônia, utiliza o corpo como suporte artístico em fotoperformances, instalações e performances que conectam ciência, espiritualidade e natureza. Suas obras já foram exibidas na Pinacoteca de São Paulo, no Los Angeles County Museum of Art (EUA) e no Castello di Rivoli (Itália). @uyrasodoma
Mariellen Kuma
Curadora, professora de yoga e artista travesti de Manaus, Mariellen Kuma é fundadora da KUMA Planta de Criação, incubadora voltada para artistas trans, racializados e pessoas com deficiência. Em 2024, estreou o monólogo autoral “Parece que Não Tenho Autorização para Estar Aqui” e dirigiu “A Doente Hereditária”, espetáculo com equipe 100% LGBTQIAPN+. Mariellen também é pesquisadora em gênero e direitos humanos na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), investigando a presença trans nas artes da cena amazônica. @mariell3n
Rafaela Moreira
Artista visual paraense, Rafaela Moreira — que assina como Rafael Matheus Moreira — ganhou destaque com obras que exploram identidade, travestilidade e pintura contemporânea. É formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e atualmente é mestranda em Artes, onde desenvolve a pesquisa “Como pintar uma travesti?”. Vencedora do Salão Arte Pará 2024, teve uma de suas obras adquirida pelo acervo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP). Sua primeira exposição individual, com o mesmo nome da pesquisa, está em cartaz em Belém. @rafaelmmartes
Rafaela Correia
Atriz e produtora cultural de Rondônia, Rafa Correia encontrou no teatro um caminho de afirmação como mulher trans. Ingressou no curso de Teatro da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e passou a integrar espetáculos locais, como a leitura dramatizada “Fegues”, que trata de temas como homofobia, transfobia e racismo. Rafa também atua na construção de espaços cênicos que acolhem artistas trans e questionam violências estruturais. @tudomenoshomem
Camila Ocampo (Peste Bubônica)
Travesti, DJ, designer e artista plástica de Guajará-Mirim (RO), Camila Ocampo — conhecida como a Peste Bubônica — é residente do coletivo Advanced Techno Crew. Seu projeto musical mistura techno europeu e ritmos latino-americanos, com foco em pistas de dança inclusivas e vibrantes. Além da discotecagem, Camila também atua na direção de arte do coletivo, consolidando-se como referência na cena eletrônica underground de Rondônia. @_pestebubonica
Agata Nobre (Balaclavu)
Multiartista manauara, Balaclavu é ilustradora, DJ e produtora de eventos culturais. Sua produção visual abrange tanto o digital quanto o físico, com obras como “Tempestade” e “Conquistando Territórios”. Além das artes visuais, Balaclavu atua na organização de eventos culturais e movimenta o cenário artístico LGBTQIAPN+ de Manaus com criatividade, política e afeto. @balaclavu