As redes sociais do Idesam são espaços que demonstram a diversidade de ações, atores e territórios de atuação do Instituto. O caráter informativo se mescla às histórias e vozes de quem trabalha para construir um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia. Foi nesse contexto que o Idesam lançou uma série de vídeos no YouTube, com objetivo de informar de maneira didática e atual sobre as mudanças do clima na Amazônia.
A série “Em Clima de Amazônia”, disponibilizará 17 vídeos sobre o ODS 13 (Combate às Mudanças Climáticas), alinhados às iniciativas do Idesam em prol da conservação da floresta. Assista aos primeiros episódios aqui. A produção também se baseia em uma pergunta norteadora: “Como gerar um novo desenvolvimento para a Amazônia, que mantenha a floresta em pé, traga vida digna para suas populações e ao mesmo tempo ajude a reduzir a mudança climática?”.
Para responder essa pergunta, cada vídeo oferece uma perspectiva única, abrangendo análises de especialistas e pesquisadores, até testemunhos de comunidades tradicionais da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, que vivenciam diretamente os efeitos das mudanças climáticas na região.
Altas temperaturas, tempestades fortes, aumento da seca, perda das espécies, falta de comida, risco de saúde, produção de comida, fabricação de bens, consumo exagerado e corte de florestas, estão entre os macrotemas escolhidos.
Especialistas no assunto, como Philip Fearnside, ecólogo e ganhador do Prêmio Nobel; Mariano Cenamo, engenheiro florestal, fundador do Idesam e vencedor dos Prêmios Empreendedor Social Folha de SP e Fundação Schwab e Ashoka; Victoria Bastos, líder da iniciativa de Serviços Ambientais do Idesam; Elen Blanco, gestora ambiental; e Taciana Abreu, especialista em ESG, estão entre os entrevistados. Além das vozes amazônidas da Unidade de Conservação do rio Uatumã: Elisangela Cavalcante, Josildo, Iara, Ernesto de Souza, Wanderley Soares, Neide e Aldemir, Meire e Orimar, Cleide e José Monteiro (Papa).
Para Paola Bleicker, diretora executiva do Idesam, o objetivo é promover um diálogo amplo e colaborativo sobre como alcançar um futuro mais sustentável e equitativo para a Amazônia e suas populações.
“Queremos levar o conhecimento técnico que o Idesam tem a oferecer, mas também queremos mostrar esse sentimento, furar a bolha do técnico para partir para o olhar de quem vivencia a floresta, de quem é regido pelo ritmo das chuvas, de subida e descida dos rios, do verão amazônico. A ideia é essa, gerar informação através dessa perspectiva e alcançar novos espectadores”, conta.
Todos os vídeos produzidos terão suas emissões de carbono compensadas pelo Programa Carbono Neutro do Idesam, através do código PCN2400. O conteúdo original foi idealizado pelo Idesam, sob coordenação de Paola Bleicker, Larissa Mahall e André Vianna. A direção geral e de fotografia é de Renato Stockler, ilustração de André Mogle e a produtora audiovisual é a Vem do Norte, uma agência genuinamente amazônida.
Atualidade e interesse público
Segundo dados da plataforma Youtube, bilhões de espectadores estão conectados todo mês. No Brasil, são 120 milhões pessoas e mais de 500 horas de novos conteúdos subidos a cada minuto. Assim, a produção de conteúdo audiovisual é uma ferramenta eficaz para a disseminação de informação e sensibilização de interesse público, especialmente na agenda de Mudanças Climáticas.
O criador de conteúdo digital, José Kaeté, conhecido como Zé Na Rede, comenta sobre a linguagem escolhida para a série e como ela conecta com o cotidiano das populações da Amazônia.
“A forma como a gente pensou alguns dos conteúdos dessa série é que justamente a gente não fala claramente utilizando o termo mudanças climáticas. Mas a gente traz reflexões sobre o dia a dia das comunidades e como elas estão percebendo essa mudança climática no cotidiano. Assim conseguimos conectar e mostrar para as pessoas que essas mudanças estão acontecendo e não são isoladas, elas acontecem em vários lugares ao mesmo tempo e acontecendo com mais frequência”.
Para Vito Israel, líder de criação e projetos da Vem do Norte, o impacto do conteúdo é muito importante, principalmente para quem vive na Amazônia urbana, pois nas cidades as pessoas não têm um conhecimento aprofundado sobre o assunto.
“A gente vive numa região que é a região mais importante para o planeta, e esse tipo de conteúdo é importante para acabar com a desinformação e principalmente ensinar as pessoas. As comunidades ribeirinhas sabem muito mais do que a gente que mora na área urbana. Então esse conhecimento ajuda, porque quem está de fato defendendo a Amazônia são os guardiões que moram por dentro da Amazônia, os indígenas, os ribeirinhos, os caboclos então eles têm essa percepção e eles sabem que a ação deles impacta positivamente”, relata.
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