O Matapi – Mercado Audiovisual das Amazônias – iniciou sua sétima edição na terça-feira (26), reunindo grandes nomes da cultura visual e sonora nacional. Durante a mesa “Políticas públicas: os rumos do audiovisual brasileiro”, Joelma Gonzaga compartilhou sua experiência no Ministério da Cultura e ressaltou como o evento contribui para a valorização do olhar amazônida e a promoção de novas oportunidades para o audiovisual da região.
“É um pensamento importantíssimo para a construção do audiovisual na região. Nestes encontros, onde especialistas de todo o país se reúnem para debater as políticas do setor, além de discutir estratégias de mercado, o Matapi se alicerça e se conecta aos debates contemporâneos do audiovisual. Acredito que um evento como o Matapi fomenta, qualifica e amplia a discussão sobre como se faz audiovisual nas regiões do Brasil”, afirmou a secretária.
Formada em Artes, com foco em cinema e audiovisual, Joelma tem uma carreira consolidada como produtora executiva e criativa, com filmes premiados e exibidos em importantes festivais internacionais, como Cannes, Locarno e o Festival do Rio.
Ela também compartilhou sua experiência de um ano e dez meses à frente da Secretaria do Audiovisual e detalhou as ações do Ministério para fortalecer o cenário cultural, especialmente por meio da busca por dados e boas práticas, que incluem a celebração dos 30 anos da Secretaria de Audiovisual.
Plano de diretrizes e metas do audiovisual brasileiro
A partir dessa valorização e reconstrução da pasta, foi lançado o Plano de Diretrizes e Metas do Audiovisual Brasileiro, que servirá como um mapa para os próximos 10 anos do setor. Participar de eventos como o Matapi é fundamental para esse processo, pois aproxima as políticas das realidades regionais, enriquecendo as ações do Ministério.
“Esse plano terá objetivos, metas e indicadores definidos a partir de um grande diagnóstico sobre o audiovisual brasileiro: suas lacunas, suas vantagens, o que precisa ser aprimorado e o que teve êxito na última década. Ele será o grande guia para a construção da política audiovisual do país. A partir dele, o Comitê Gestor do Fundo desenhará a linha de investimentos, e estados e municípios também poderão pensar em suas próprias políticas”, explicou Joelma.
A contribuição do Matapi para a cena audiovisual
Para a secretária, mercados como o Matapi desempenham um papel crucial ao trazer discussões baseadas na realidade local, que é uma das vertentes do evento. Ela destacou o momento de crescimento que o Norte está vivendo, embora seja necessário ampliar esse processo.
“Produzir aqui envolve uma série de desafios, como o custo amazônico, os voos, comparado a outras regiões do país. No entanto, acredito que há algo muito próprio e belo nesta região, algo que devemos respeitar e fomentar. É um momento que ainda precisa de mais incursão e crescimento, assim como outras regiões do país. Estamos atentos a isso e comprometidos em fomentar a cultura visual da região”, concluiu a secretária.
O Matapi segue até essa sexta-feira (29/11), no Palacete Provincial, no Centro de Manaus, com uma programação que inclui painéis, mesas redondas, minicursos, rodadas de negócios e pitchings.
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