Thaís Andrade; 01/02/2024 às 15:19

Dia do Publicitário: Três gerações de profissionais contam suas experiências e expectativas

Esta edição do #MercadizarEntrevista é dedicada a celebrar este grupo de comunicadores que explora os diversos caminhos e possibilidades da publicidade

Um professor com anos de carreira publicitária e científica, uma jovem publicitária CEO de uma empresa especialista em social media, e uma estudante e estagiária de publicidade: três gerações, com suas diferentes experiências, conversaram com o Mercadizar sobre suas principais perspectivas, experiências e expectativas para a publicidade e propaganda.

Com os depoimentos, os publicitários mostram as diferenças entre as gerações de profissionais, as mudanças pelas quais o mercado passou ao longo dos anos, os desafios enfrentados na carreira, e muito mais. Confira as entrevistas:

Arte: Mercadizar

Três gerações da publicidade

De diferentes gerações, o professor universitário Andre Salgado, a empresária Beatriz Cordeiro e a estudante Isabela Heloisa carregam atuações e perspectivas diferentes do campo publicitário. 

As diferenças geracionais, os diferentes cargos ocupados, os conhecimentos adquiridos, as habilidades desenvolvidas, os diferentes contextos de atuação, as motivações, entre outros aspectos, fazem com que cada profissional tenha identidades únicas enquanto publicitários, dando aos nossos leitores a aos entusiastas da publicidade um bom panorama sobre a área.

Para Andre Salgado, o mercado de trabalho e o contato com outras áreas criativas foram algumas das motivações para a escolha de se tornar publicitário:

“Uma das principais variáveis na época foi a oferta de mercado. Depois de transitar nas áreas de design de produto, arquitetura, 3D, etc. Caí de paraquedas na publicidade depois de experimentar o webdesign. Ao me desenvolver na área de publicidade e propaganda, a curiosidade e a vontade de avançar foram crescendo até hoje”, conta o professor.

Imagem: Andre Salgado/Acervo pessoal

Já para Beatriz Cordeiro, fundadora da primeira empresa especialista em social media do Norte – a Be Content -, as motivações foram outras:

“Desde pequena, a área da comunicação sempre me fascinou. As oportunidades de trabalhar no desenvolvimento de campanhas, nos bastidores e na criação me deixaram apaixonada por este campo”, explica.

A criatividade e curiosidade dos profissionais é compartilhada também com Isabela Heloisa, estudante do terceiro período de Produção Publicitária do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e iniciante na carreira publicitária.

“Adoro perceber e aprender os conceitos nas artes e nas campanhas virais. Sou uma pessoa muito curiosa desde que me entendo por gente. Sempre tive pavor de estar desatualizada; a profissão me obriga a estar por dentro de tudo que é novo e de todas as tendências que prometem surgir. Além disso, é uma profissão que tem a cara da juventude, me atualizando junto com a sociedade sem abandonar outras experiências. Se a sociedade um dia consumia apenas rádio, a publicidade estava lá; se a sociedade só consome TikTok e Instagram, então a publicidade também estará lá, do jeito mais divertido que for possível planejar e aplicar”, afirma Isabela.

Experiência

Transitando e tendo experiências entre o design e a publicidade, o professor do curso de Produção Publicitária do Ifam, Andre Salgado, é Mestre em Educação e Ciência e Doutor em Publicidade e Relações Públicas. 

O professor segue na atuação com educação há 15 anos, e faz parte de uma geração que acompanhou ao longo do tempo as mudanças e atualizações pelas quais a publicidade e propaganda passaram.

Ele conta que trabalhar ao longo de todos estes anos com ensino e ciência tem sido uma “experiência maravilhosa”, e explica como esta carreira o influencia enquanto profissional:

“Mesmo estando na academia, não posso ficar ‘desantenado’ das mudanças no mundo e no mercado. É um processo de constante atualização. Ser professor e pesquisador em publicidade me provoca a nunca estar em uma zona de conforto. Preciso ler e acompanhar as pesquisas nas diversas áreas que me complementam: jornalismo, design, marketing, UX/UI design, desenvolvimento, tecnologias, cultura, psicologia, sociologia…Eu posso dizer que tenho muito carinho pelo que desenvolvo. Muito orgulho dos estudantes que vivenciaram a sala de aula junto comigo e hoje estão no mercado; estudantes que mudaram de área durante a jornada na faculdade; estudantes que estão hoje nessa caminhada. Todos provocados a fazer o diferente, a fazer aquilo que não se espera, a experimentar o que puderem de comunicação publicitária no ambiente acadêmico. Esse é resultado da experiência de ser professor/pesquisador nessa área. Poder aprender todos os dias, renovar meus pensamentos, renovar a forma de ver o mundo e poder contribuir de alguma forma na vida de jovens que trocam experiências conosco dentro de um espaço de debates e crescimento”, afirma Andre Salgado.

Na geração seguinte de publicitários, Beatriz Cordeiro, que tem 28 anos e trabalha há 5 na publicidade, fala sobre sua experiência em empreender na área: 

“Confesso que empreender foi uma grande descoberta para mim, tanto no âmbito profissional quanto pessoal. Os desafios do dia a dia e as responsabilidades me fizeram enxergar a profissional e mulher que venho me tornando ao longo desses anos. Não é fácil, mas sinto orgulho de tudo que tenho criado até aqui. Empreendi pela necessidade que identifiquei à minha frente ao criar minha própria carteira de clientes”.

Imagem: Beatriz Cordeiro/Acervo pessoal

A comunicadora continua, abordando as principais dificuldades desta experiência:

“A falta de credibilidade e confiança, por vezes, se tornou um obstáculo. No entanto, com um posicionamento firme e ciente da minha capacidade profissional, e principalmente da confiança que tenho em minha equipe, me sinto mais forte para apresentar nosso trabalho de maneira profissional e experiente.”

Para Isabela Heloisa, estagiária na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), as experiências estão em seu início, com a aluna tendo os primeiros contatos com as diversas atividades rotineiras de um publicitário.

“Faço parte da assessoria de comunicação da universidade, junto com outros comunicadores, jornalistas e designers. Não tenho um cargo específico; sou a única publicitária ali e sou orientada por um jornalista com muita experiência na área da publicidade. Faço o que for necessário. Sou redatora/copy, fotógrafa, social media, assistente criativa, diretora de arte. Faço de tudo no dia a dia, e amo, pois ganho experiência em todas as opções e já posso ir tirando minhas conclusões sobre qual área seguir após a formação e onde me especializar”, explica a estudante. Ela continua:

“As experiências que tive até agora foram incríveis e verdadeiramente engrandecedoras para esse início de vida profissional. Entrei nesse estágio ainda no primeiro período da faculdade e, até agora, já vivenciei todo tipo de experiência publicitária possível, desde mídias sociais, edição e produção, copywriting até assessoria de comunicação. Sempre uma coisa de cada vez para não me sentir sufocada, pois prezam muito pelo meu conforto e aprendizado. E sim, com certeza, era o que eu esperava.”

Desafios de carreira

Apesar de serem iniciantes, Isabela Heloisa e também outros jovens colegas de profissão já conseguem perceber quais desafios de carreira os afetam.

“Algo muito frequente nas reclamações dos meus colegas é que as agências ou outros empregadores têm dificuldade em entender que a publicidade possui ramos de atuação diversos, e não dá para contratar uma pessoa para ser uma agência toda. Muitos querem alguém que seja social media, redator, videomaker, do atendimento, da criação e assim por diante. E não é bem assim, Isso sobrecarrega o profissional e não é algo que deve ser normalizado. Acredito que uma boa forma de enfrentar isso é na hora de analisar uma proposta e saber valorizar o próprio trabalho.”

Imagem: Isabela Heloisa/Acervo pessoal

Com um olhar mais específico, voltado aos novos formatos de produção de publicidade, principalmente com a internet, Beatriz Cordeiro explica quais os desafios que percebe serem enfrentados por sua geração, já formada e atuante na área: 

“Acredito que a publicidade de hoje tem sido muito mais prática e próxima do público, dependendo do canal escolhido. Anos atrás, nem se falava em formas de aplicar a publicidade de forma online; apenas as formas convencionais de mídia offline eram discutidas, sem tantas possibilidades de transformar a comunicação em um formato mais ‘omnichannel’ de fato, contando com o digital, que hoje é imprescindível em qualquer campanha”, aponta a empresária.

Comparando gerações, Andre Salgado analisa as diferenças enfrentadas entre sua própria geração e as mais recentes.

“Esse é o grande barato da vida. A constante mudança. O processo evolutivo das coisas. Acredito que minha geração enfrentou um mercado que buscava seu espaço. Atenção. Por mais que tenhamos produções em décadas anteriores, seja na produção de posters de propaganda, anúncios em jornais impressos, o mercado da minha geração avança para novos formatos. Novos estudos que ampliam o leque de meios, suportes e ambientes a se explorar. Minha geração viu os primeiros computadores darem o ar da graça. Os primeiros aparelhos de celular; o avanço dos parques gráficos; TV, rádio. Tudo estava mudando. Não é diferente de hoje. Acredito que o que difere a minha geração para a geração que está entrando no mercado hoje é a velocidade com que as coisas mudam. Principalmente em um mercado digital.”

Mudanças na publicidade e propaganda

Como mostra o professor, estas constantes mudanças pelas quais a publicidade e propaganda passam influenciam diretamente no modo como os profissionais desenvolvem suas atividades e o pensar publicitário. Além do fato de que mudanças sociais também afetam esta área que é completamente ligada ao público e à comunicação de massa.

“Eu posso exemplificar duas [mudanças], no meu ponto de vista, claro. A mudança do suporte e meio. A entrada do espaço digital. Mudou tudo. Cultura, leitura, pensar, tudo. Isso interfere diretamente na forma como interagir com o mundo. Muda linguagem, espaços, etc. O outro ponto que me chama atenção, e é um processo em constante mudança (devido à velocidade que estamos avançando tecnologicamente), está na abordagem das mensagens. Eu acho isso fantástico. Se pegarmos os anúncios da década de 1950 até 1990, você vê mudanças de abordagem, mas não tem grandes distâncias. Agora, pegar anúncio do final dos anos 1990 e expor hoje, a grande maioria está fora de contexto. Como dizem hoje: seria cancelado”, explica o professor.

Especialista em redes sociais – que trazem novas mudanças e possibilidades de formatos a serem explorados -, Beatriz Cordeiro fala sobre mais uma mudança de mercado importante: a internet.

“O mercado digital entrou para ficar, e aquele que não se atualizar e continuar a resistir a esse mercado, que se atualiza de forma muito mais rápida, ficará cada vez mais atrasado com pensamentos arcaicos sobre o que realmente é a publicidade e onde ela está inserida”, afirma.

Imagem: Beatriz Cordeiro/Acervo pessoal

Olhando para o futuro

Pensar sobre os possíveis caminhos pelos quais a publicidade ainda pode percorrer significa também pensar sobre as perspectivas pessoais e coletivas em relação ao futuro da comunicação e publicidade.

Dando os primeiros passos em sua carreira, Isabela Heloisa mostra que ter contato com outros profissionais já experientes pode auxiliar quem ainda está explorando suas opções:

“Em uma das experiências que meu estágio atual me proporcionou, que foi contratar uma produtora de vídeos profissional para uma campanha publicitária, tive a oportunidade de conversar com o diretor. Ele me contou que se formou em produção publicitária na mesma instituição que eu. Isso me inspirou a ter minha própria produtora/agência ou, quem sabe, a assessorar alguém muito importante um dia.”

Refletindo sobre o seu futuro profissional, a estudante explica suas expectativas:

“Não vou ser modesta. Quero ser grande na área e ser reconhecida como alguém com um olhar único. Não busco aparecer, até porque todos sabem que o publicitário, ao contrário de outros comunicadores, não se coloca diante das câmeras, mas atua nos bastidores, orquestrando tudo e vendo tudo tomar forma. Acredito que minha expectativa é sentir orgulho dos meus projetos e pensar: ‘Caramba, eu criei isso!'”.

Ter sonhos de carreira e projetos pessoais de sucesso é um sentimento em comum entre Isabela Heloisa e Beatriz Cordeiro. A fundadora da Be Content afirma, baseada em sua experiência como empreendedora, que escolher este caminho depende de escolhas e sonhos:

“Empreender para mim tem sido libertador. Inserir os meus valores e o que eu defendo como um serviço de excelência, principalmente me respeitando como profissional, acredito ser um caminho sem volta. Isso, considerando a versatilidade e a liberdade de empreender nesta área.”

Comparando as suas identidades como estudante e empreendedora, Beatriz afirma que as diferenças entre elas são enormes.

“Hoje, tenho o reconhecimento que um dia achei tão distante de conseguir. Eu sabia lá no fundo que a minha resiliência e persistência valeriam a pena. Mesmo com as mudanças, continuo me enxergando como a estudante cheia de sonhos a realizar na profissão”.

Já para aqueles que pretendem seguir a carreira científica e de ensino, Andre Salgado dá alguns conselhos:

“Acredito que não há receita de bolo pronta como um padrão. Eu posso aconselhar a deixar acontecer durante a jornada. Caso queira enveredar pelo universo da academia, da pesquisa, do ensino, precisa desenvolver algumas habilidades, se posso chamar assim: leitura e acompanhar pesquisas de inúmeras áreas e campos de pesquisa. Acompanhar os grandes institutos de pesquisa; buscar contato, manter relação com essas entidades. Ler revistas científicas. Para quem está na faculdade, procurar se envolver nas atividades acadêmicas como: projetos de ensino, de pesquisa, extensão e inovação. Ir pavimentando a estrada para fazer uma especialização, mestrado e doutorado. E vale dar uma atenção e apostar em um movimento que vem ocorrendo, o publicitário cada vez mais ocupando espaços em pesquisas, institutos, no desenvolvimento de produtos, serviços e etc. mais além da comunicação.”

Baseado em seu conhecimento nos estudos na área, o pesquisador fala sobre como acha que será o futuro da publicidade:

“Eu sou suspeito para falar porque eu sou otimista e amo esse campo da comunicologia. Como bons brasileiros, desenvolvemos habilidades de sobrevivência. Somos multidisciplinares de natureza (risos). Acredito que temos a capacidade natural de nos adaptar a qualquer mudança que venha nesse campo. Eu aguardo ansiosamente a expansão dos suportes com capacidade de interação mensagem-humano-mensagem. Hoje, já temos alguns exemplos de abordagens interativas, mas ainda longe do que eu imagino e tenho como expectativa. Hoje, temos o que comumente chamam de inteligência artificial cada vez mais crescente e aberta para nossa colaboração como voluntários hipnotizados. E que vai integrar com nanotecnologia, sistemas, pensamentos artificiais…Posso finalizar, com base na minha experiência com o curso do Ifam. Procuramos sempre nos atualizar. Com todos os desafios que nos são postos, buscamos dar o melhor consciente de que a construção desses seres passam por nossas vidas. Uma responsabilidade gigantesca. E não vejo a publicidade como uma área que sucumbirá às mudanças com as novas tecnologias, pelo contrário, ela será maior e muito mais responsável. Exigirá cada vez mais argumentos e sagacidade, pela ocupação de espaços que ela conquistará mais ainda. Por mais que as ferramentas de IA tenham feito trabalho em muitas agências, não garantem sucesso e assertividade da mensagem. O que fará a diferença é o conhecimento adquirido pelo humano em troca com o conhecimento artificial da ferramenta de IA.”

Aprendendo lado a lado

É impossível que, atuando no mercado de trabalho, diferentes gerações de publicitários não entrem em contato.

Pelo contrário, em agências, assessorias de comunicação e outras empresas do ramo, diferentes profissionais trabalham diariamente com pessoas que têm mais ou menos tempo profissional.

Assim, a aproximação geracional pode ser benéfica para todos os envolvidos. Andre Salgado explica como as diferentes gerações de publicitários podem aprender uns com os outros.

“Meu avô costumava falar que a caminhada na estrada da vida nos traz experiência e sabedoria. Não necessariamente todos desenvolvem isso, mas poder trocar sempre experiências com os ‘mais velhos’ é muito válido. Em estudos recentes da área de mercado e empresas, foi percebido que empresas que mesclam várias gerações conseguem ter um desempenho maior que as que não tem. O curso de Publicidade do Ifam possui um espaço em que procuramos trazer os ex-alunos, profissionais no mercado, para conversar com os estudantes. Uma troca. Um exemplo: Quando eles ficam sabendo que minha geração (e anteriores a minha) precisava levar um filme fotográfico para dentro de uma sala escura e fazer misturas químicas para revelar uma imagem. Que depois precisava trabalhar artisticamente, com montagens e técnicas para criar anúncios, usar letras, decalques. E que não existia ctrl+z para nos salvar.”

Continuando a falar sobre aprendizado entre gerações, o professor analisa habilidades  importantes para as diferentes gerações.

“Eu foco muito nas habilidades humanísticas. Nas habilidades de relação. Eu explico: minha geração, gerações de estudantes que passaram e os de hoje, praticamente tem seus desafios. Um deles exigido pelo mercado desde sempre são as habilidades operacionais, como dominar ferramentas, softwares, etc. Eu procuro fomentar e provocar nos estudantes as habilidades de saber se relacionar em grupo. Saber que nada se faz sozinho. Respeitar opinião e visão dos colegas de mercado. Não se conformar nunca. Buscar sempre mudar e experimentar as novidades com olhar crítico. Procuro despertar neles a curiosidade e a energia pela busca de conhecimento, teóricos, etc. Dominar um assunto, ter conteúdo e poder ter argumento, projeta uma luz diferenciada. Recentemente um amigo me pediu ajuda com uma empresa dele. E ele me perguntou se eu conhecia inbound marketing porque um consultor havia dito para ele que faria a empresa lucrar mais investindo nessa área. Eu expliquei que antes de definir qual ferramenta aplicar, o mais importante era ele saber o que as pessoas esperam da empresa dele, como elas se comportam, como elas consomem, como elas são como seres humanos do século XXI. Focar no ser individual e coletivo. Seria mais ou menos isso. Mais que ferramentas é a capacidade de ver e perceber o todo.”

Explorando o mesmo assunto, Isabela Heloisa fala sobre as habilidades que espera desenvolver durante seus estágios e faculdade de publicidade:

“O que observei como uma habilidade que de fato surgiu do zero foi o senso de organização e comunicação. Sou bastante introvertida, e me lançar no mundo da comunicação me deixou mais feliz e menos travada; as relações (networking) surgiram. Hoje, meu maior foco são as soft skills, as hard skills aprendo tanto na faculdade quanto sozinha por pura curiosidade. Ainda espero aprender bastante sobre fotografia, vídeo, edição, gestão de marca e branding na faculdade.”

Imagem: Isabela Heloisa/Acervo pessoal

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