Na semana passada, o Festival Internacional de Criatividade Cannes anunciou os jurados para a edição deste ano. Um fato que chamou atenção é que, dos 24 profissionais brasileiros selecionados para compor o júri, apenas um é negro.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54% da população brasileira é negra. Como refletir a composição racial do país de maneira legítima se apenas um jurado é negro? Para ampliar o questionamento e pedir mudanças, o coletivo Papel & Caneta, junto a Chapa Preta e o hub criativo AUÊ, criou uma carta aberta à organização do festival.
A carta, que é dirigida especificamente a Simon Cook, CEO do festival, indaga: “se os critérios de Cannes não contemplam essa inclusão e essa representatividade, o que precisa mudar não seriam os próprios critérios?”.
Conforme o texto da carta, a publicidade e o mercado da comunicação brasileira como um todo fizeram progresso, ainda que pequeno, nos últimos anos quando o assunto é representatividade e inclusão – desde as equipes de criação até as peças -, e isso deve ser transmitido ao mundo numa escala global.
Para participar da campanha, basta tweetar sobre o assunto e difundir a carta em “clique para twitar”.
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