Com dois espetáculos em circulação e destaque pelo Brasil, o Ateliê 23 esgotou ingressos para “Sebastião” no Festival de Curitiba, com duas sessões previstas para abril, e para “Cabaré Chinelo”, na abertura da temporada 2025 em Manaus.

Na capital amazonense, a companhia estará em cartaz nos dias 27 e 28 deste mês com o premiado “Cabaré Chinelo”, no Teatro Gebes Medeiros. Em abril, o Ateliê 23 se apresentará com “Sebastião” e casa cheia na Mostra Lúcia Camargo, nos dias 5 e 6, no Teatro Zé Maria, um dos mais importantes festivais de artes cênicas da América Latina.
Para o diretor do grupo, Taciano Soares, o fenômeno do Ateliê 23 se deve ao trabalho coletivo, essencial para o atual momento da companhia, que tem esgotado ingressos em diferentes cidades.
“Não criamos obras pensando em esgotar, mas o fato de isso ter ocorrido nos últimos anos, primeiro com ‘Cabaré Chinelo’ e agora com ‘Sebastião’, sinaliza que estamos colhendo os frutos de uma pesquisa continuada, de um teatro de investigação e de um amadurecimento da nossa linguagem”, afirmou o diretor e ator.
Reconhecimento

O ator Eric Lima destaca que o Ateliê 23 tem um papel fundamental na cena teatral do Amazonas.
“Viemos de um sucesso, que é ‘Cabaré Chinelo’, e agora somos reconhecidos com Sebastião, pelo segundo ano consecutivo no Festival de Curitiba. O festival é muito rigoroso em não repetir grupos, mas abriu essa exceção porque reconheceu a qualidade do nosso trabalho”, comentou o artista.
Ele ressalta que ser reconhecido fora de Manaus também impulsiona o interesse do público local pelo Ateliê 23.
“Cabaré Chinelo furou a bolha e chegou a lugares que nem esperávamos, e ‘Sebastião’ está seguindo o mesmo caminho. Quem não conhecia ‘Cabaré Chinelo’ está vindo agora por causa de Sebastião”, explicou Eric Lima. “Espero que esse público continue crescendo, tanto em Manaus quanto em outras partes do Brasil.”
História
Em “Cabaré Chinelo”, o espetáculo propõe uma imersão no período entre 1900 e 1920, retratando as dependências do Hotel Cassina — onde atualmente fica o Casarão da Inovação Cassina — e a exploração e violência sofridas por mulheres forçadas à prostituição durante o ciclo da borracha no Amazonas.
Já “Sebastião” é inspirado no livro “Um Bar Chamado Patrícia”, do estilista Bosco Fonseca. A peça resgata memórias da década de 1970 e experiências dos atores, abordando temas como homofobia e outros tipos de violência vividos pela comunidade LGBTQIAPN+.
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