A Federação Nacional de Agências de Propaganda (Fenapro) lançou a primeira edição de 2020 da pesquisa Visão de Ambiente de Negócios de Agências de Propaganda (VanPro), que tem como objetivo monitorar as perspectivas de futuro dos empresários diante da pandemia do Covid-19 e da crise econômica. 

O estudo ouviu 344 empresas de 20 estados e do Distrito Federal, sendo 41% delas do Sudeste, 26% do  Nordeste, 18% do Centro-Oeste, 10% do Sul e 5% do Norte. Quando perguntado sobre a perspectiva de recuperar o faturamento pré-crise, 42% dos empresários responderam que a recuperação deve ocorrer entre seis meses e um ano, mas para 30% deles ela irá ocorrer em mais de um ano. 

Além disso, a VanPro também apontou que um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas neste momento é a captação de recursos, com 28,5% das respostas na pesquisa. Consequentemente, 93% delas disseram que acreditam em uma queda de faturamento em 2020 comparado ao ano de 2019.  

29,7% das empresas também admitiram que fizeram demissões e 21,2% que suspenderam contratos empregatícios. Sobre o assunto Daniel Queiroz, presidente da Fenapro, disse em entrevista ao Mercadizar:

“Nosso principal ativo é gente. São os talentos. Os profissionais que dominam as técnicas, o histórico dos clientes, que tem background para oferecer as soluções que vendemos como serviços. Portanto, desmobilizar isso agora significa abrir mão mais na frente de uma capacidade de ofertar esses serviços em um momento que os clientes vão precisar para suas retomadas. E isto é uma grande fragilidade para as agências. Contudo, é evidente a dificuldade financeira que algumas agências já estão passando devido ao corte de verbas e contratos. O desafio é muito grande para todos”, ressaltou.

Mais uma edição da VanPro está programada para o mês de agosto de 2020. “A VanPro em 2020 será 100% focada no impacto da Covid-19 em nosso setor. E é um movimento que visa monitorar a evolução deste processo, da retomada, e também para ir dando base de decisão para os empresários do setor”, disse o presidente.

Além disso, ele também destacou a importância de mais empresas participarem da pesquisa. “A região Norte teve uma representatividade de 5% dos 344 respondentes. E imaginamos que pode ser muito mais, apesar de uma participação efetiva das agências no Amazonas e no Pará. Quanto mais agências participam, mais realista ficam os dados”.

Para fazer o download da primeira edição, clique aqui.