No último sábado (8), às 18h, ocorreu a abertura da mostra “Ilhática Amazônica”, em comemoração aos 20 anos da Galeria do Largo. A exposição gratuita reúne mais de 50 artistas visuais do estado e oferece uma imersão poética e criativa no território amazônico, explorando suas múltiplas linguagens artísticas.
A iniciativa é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Em cartaz até fevereiro de 2026 na Galeria do Largo, a mostra ainda faz parte da celebração de duas décadas de um dos principais espaços de difusão da arte contemporânea do Norte do país, reforçando o compromisso de ampliar o trabalho dos artistas da região.
Com curadoria de Cristóvão Coutinho e Virna Lisi, a mostra aborda o conceito do termo “ilhaticidade”, termo que simboliza o isolamento geográfico e simbólico da Amazônia, para refletir sobre a potência criativa e as particularidades artísticas que nascem desse aparente distanciamento.
Também destaca o diálogo entre o passado e futuro das artes visuais no estado, enfatizando a influências indígenas, africanas e europeias presentes na identidade artística local.
“A mostra sugere um caminho de ação conjunta e misturada, propondo um futuro mais justo e equitativo, que ouça todas as vozes e rejeite o antropocentrismo. A visão holística da exposição valoriza tanto os saberes ancestrais quanto o meio ambiente construído, propondo uma profunda revisão da relação humana com a natureza”, define Coutinho.
As obras expostas apresentam diferentes técnicas, pintura, colagem, fotografia, instalação e arte digital, oferecendo ao público uma ampla diversidade artística sobre a Amazônia contemporânea.

Além disso, a exposição é um manifesto pela arte amazônida, evidenciando noções de território, pertencimento e resistência que atravessam a produção artística regional.
“Aqui, o isolamento não é barreira, é fermento. É o que molda a estética amazônida: híbrida, resiliente e indomável. Ao completar 20 anos, a Galeria do Largo se torna farol que ilumina os caminhos dos artistas que, bravos sem falsa nobreza, seguem pelas paragens entre estradas de rios e asfaltos, para se encontrarem neste território insular, único e nosso”, resume Virna Lisi.

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