Matheus Menezes; 03/09/2025 às 16:39

Documentário ‘A Amazônia como Palco’ fica disponível gratuitamente em streaming até o dia 12 de setembro

A produção narra a história de um grupo teatral manauara que lutou pela arte durante a Ditadura Militar

Foto: Divulgação

O documentário “A Amazônia como Palco” está disponível na SOMMOS Amazônia, plataforma com conteúdos culturais da região, com acesso gratuito até o dia 12 de setembro. 

A produção retrata a trajetória de um grupo teatral surgido em Manaus no final da década de 1960, reunindo artistas e intelectuais em um ato de resistência cultural no período da Ditadura Militar. 

O lançamento oficial ocorreu no sábado (27) no palco do Teatro Amazonas, em Manaus. No dia seguinte (28), o documentário foi integrado ao catálogo da SOMMOS Amazônia, que reúne diversas produções culturais amazônicas em diferentes linguagens, como audiovisual, música e artes visuais. 

Foto: Divulgação

“Acreditamos que a cultura amazônica deve ocupar todos os palcos, todas as mídias, inclusive as digitais. Por isso, receber e publicar ‘A Amazônia como palco’ em nosso catálogo é um passo importante para cumprir nossa missão de revelar e amplificar a diversidade de vozes, narrativas e histórias que a região guarda”, destaca Alexandre Agra, diretor presidente da SOMMOS Amazônia.

Você pode realizar o pré-cadastro no site oficial do streaming SOMMOS Amazônia, através do link: https://www.sommosamazonia.art.br/pt/page/home/

O documentário pode ser assistido com legendas em português, inglês e espanhol, ampliando o alcance para públicos nacionais e internacionais. 

Além disso, o streaming conta com recursos de acessibilidade, com audiodescrição e legenda descritiva, garantindo que pessoas com deficiência também possam vivenciar a experiência da obra. 

Com 93 minutos de duração, o documentário resgata a fase inicial do Teatro Experimental do Sesc (TESC), entre 1968 e 1982, período crucial da luta como agente de resistência cultural em meio à repressão militar. Além de criticar o projeto intervencionista na Amazônia e as elites locais, o grupo rompeu paradigmas ao valorizar a cultura indígena em seus projetos. Essa postura fortaleceu a ampliação da cultura amazônica e consolidou um legado que marcou profundamente o teatro amazonense e brasileiro.

Foto: Divulgação

Um dos momentos mais importantes foi em 1973, quando o escritor Márcio Souza e o poeta Aldisio Filgueiras assumiram a liderança do TESC, influenciando o desenvolvimento de dramaturgias críticas como “A Paixão de Ajuricaba”, “Dessana, Dessana”, “Tem Piranha no Pirarucu” e “A Resistível Ascensão do Boto Tucuxi”.

A obra apresenta depoimentos de integrantes como Nielson Menão, Ednelza Sahdo e Stanley Whibbe, complementados com arquivos fotográficos, gravações de espetáculos e registros sonoros do grupo musical “A Gente”.

“Este documentário é um convite para revisitar um movimento artístico tão importante para a cultura amazonense. Poder disponibilizá-lo em uma plataforma de streaming é ampliar seu alcance e garantir que novas gerações de artistas, pesquisadores e amantes das artes tenham acesso a essa história”, afirma o diretor Gustavo Soranz.

Foto: Divulgação

Sobre a obra “A Amazônia como Palco”

O documentário é dirigido por Gustavo Soranz com direção de fotografia assinada por Erlan Souza e produção da RIZOMA Audiovisual.

O lançamento é um projeto contemplado pelo Edital 001/2023, através da Lei Paulo Gustavo (LPG) na categoria ‘Distribuição’, gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas (SEC-AM), com apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo (MTur), Secretaria Especial de Cultura (Secult) e Fundo Nacional de Cultura (FNC).

*O Mercadizar não se responsabiliza pelos comentários postados nas plataformas digitais. Qualquer comentário considerado ofensivo ou que falte com respeito a outras pessoas poderá ser retirado do ar sem prévio aviso.