
O documentário “A Amazônia como Palco” está disponível na SOMMOS Amazônia, plataforma com conteúdos culturais da região, com acesso gratuito até o dia 12 de setembro.
A produção retrata a trajetória de um grupo teatral surgido em Manaus no final da década de 1960, reunindo artistas e intelectuais em um ato de resistência cultural no período da Ditadura Militar.
O lançamento oficial ocorreu no sábado (27) no palco do Teatro Amazonas, em Manaus. No dia seguinte (28), o documentário foi integrado ao catálogo da SOMMOS Amazônia, que reúne diversas produções culturais amazônicas em diferentes linguagens, como audiovisual, música e artes visuais.

“Acreditamos que a cultura amazônica deve ocupar todos os palcos, todas as mídias, inclusive as digitais. Por isso, receber e publicar ‘A Amazônia como palco’ em nosso catálogo é um passo importante para cumprir nossa missão de revelar e amplificar a diversidade de vozes, narrativas e histórias que a região guarda”, destaca Alexandre Agra, diretor presidente da SOMMOS Amazônia.
Você pode realizar o pré-cadastro no site oficial do streaming SOMMOS Amazônia, através do link: https://www.sommosamazonia.art.br/pt/page/home/
O documentário pode ser assistido com legendas em português, inglês e espanhol, ampliando o alcance para públicos nacionais e internacionais.
Além disso, o streaming conta com recursos de acessibilidade, com audiodescrição e legenda descritiva, garantindo que pessoas com deficiência também possam vivenciar a experiência da obra.
Com 93 minutos de duração, o documentário resgata a fase inicial do Teatro Experimental do Sesc (TESC), entre 1968 e 1982, período crucial da luta como agente de resistência cultural em meio à repressão militar. Além de criticar o projeto intervencionista na Amazônia e as elites locais, o grupo rompeu paradigmas ao valorizar a cultura indígena em seus projetos. Essa postura fortaleceu a ampliação da cultura amazônica e consolidou um legado que marcou profundamente o teatro amazonense e brasileiro.

Um dos momentos mais importantes foi em 1973, quando o escritor Márcio Souza e o poeta Aldisio Filgueiras assumiram a liderança do TESC, influenciando o desenvolvimento de dramaturgias críticas como “A Paixão de Ajuricaba”, “Dessana, Dessana”, “Tem Piranha no Pirarucu” e “A Resistível Ascensão do Boto Tucuxi”.
A obra apresenta depoimentos de integrantes como Nielson Menão, Ednelza Sahdo e Stanley Whibbe, complementados com arquivos fotográficos, gravações de espetáculos e registros sonoros do grupo musical “A Gente”.
“Este documentário é um convite para revisitar um movimento artístico tão importante para a cultura amazonense. Poder disponibilizá-lo em uma plataforma de streaming é ampliar seu alcance e garantir que novas gerações de artistas, pesquisadores e amantes das artes tenham acesso a essa história”, afirma o diretor Gustavo Soranz.

Sobre a obra “A Amazônia como Palco”
O documentário é dirigido por Gustavo Soranz com direção de fotografia assinada por Erlan Souza e produção da RIZOMA Audiovisual.
O lançamento é um projeto contemplado pelo Edital 001/2023, através da Lei Paulo Gustavo (LPG) na categoria ‘Distribuição’, gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas (SEC-AM), com apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo (MTur), Secretaria Especial de Cultura (Secult) e Fundo Nacional de Cultura (FNC).

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