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Conheça Beto Coelho, Designer e Diretor de Criação

Com mais de 20 anos de experiência, Beto Coelho, Diretor de Criação da agência Mene & Portella, já passou por uma empresa de tecnologia, teve o seu próprio estúdio de design e trabalhou em diversas agências de publicidade em Manaus. Em entrevista ao Mercadizar, Beto contou como escolheu cursar design, falou sobre o mercado local e seu processo criativo. Confira!

Mercadizar: O que levou você se tornar um designer ?

BC: Eu gostava de desenhar e eu tinha uma boa habilidade com o desenho. Mas depois quando chega a adolescência, a gente tem que escolher o que vai ser na vida e eu tinha um preconceito com arte, pensava ‘pô, eu não vou conseguir viver disso’, ou seja, eu não tinha informação alguma. 

Depois eu entrei em uma escola em que uma das matérias era design, lá eu participei de um concurso que eu tinha que fazer uma urna e meu desenho foi escolhido. Em seguida, tiveram outros trabalhos e eu fui querer saber o que é trabalhar com o design e descobri que tinha o curso de design industrial na Ufam. Naquele momento, com 15 anos, eu disse ‘eu vou ser designer’.

Mercadizar: Como é o seu processo criativo ?

BC: Eu sigo muito um processo criativo tradicional que é aquele de fazer um levantamento, depois temos que fazer uma análise desse levantamento… Você desenvolve alternativas, gera requisitos e parâmetros e aí define que rumo você vai seguir no projeto, mas é basicamente isso. Obviamente eu busco diversas referências, depende muito também do texto e do contexto que está no projeto.

Mercadizar: Para você, qual é a maior diferença entre o design e a publicidade? 

BC: Hoje ‘eu estou publicitário‘. Eu sou Diretor de Criação, mas o design é o profissional que trabalha diretamente com projetos, ele tem um começo e um fim. Além disso, ele tem uma relação com as pessoas que é bem diferente, pois você tem que estar sempre com o olhar do outro, você tem que observar o outro. Publicidade, não. Publicidade você conduz mais, é uma coisa que você trabalha mais com persuasão, que você usa a criatividade para isso. O design já tem uma relação até mais humana.

Mercadizar: Para você, como a identidade visual pode afetar o serviço de uma empresa ?

BC: A identidade é fundamental, porque ela agrega todos os valores e promessas que a empresa faz. Então, tudo o que está associado à aquela marca, seja cor, tipografia, símbolos, vai definir o que é a empresa. É como se fosse um resumo, não só em relação a comunicação mas a postura e a proposta. A identidade visual tem que refletir exatamente isso e, obviamente, ela tem que buscar uma ‘identidade’. Algo que seja próprio e que a personalidade da empresa defina que identidade é essa. 

Mercadizar: Qual foi o trabalho mais desafiador para você ?

BC: Eu já tô nessa ‘onda’ há mais de 20 anos e eu acho que o meu maior desafio foi quando eu fui trabalhar com tecnologia e desenvolvimento de aplicativos. Lá eu trabalhei como designer e fazia o visual do aplicativo, aquilo pra mim era completamente novo, eu tava lidando com outro tipo de profissional, então é uma outra didática. Mas foi muito legal e foi um desafio que me engrandeceu muito, até mesmo porque eu trabalhei com clientes bem diferentes, eu cheguei a desenvolver uma peça que foi uma ação para o Lollapalooza com a Close Up para o Spotify. Então foi uma baita oportunidade.

Mercadizar: Como é o mercado local?

BC: O mercado daqui já existe há muito tempo, mas ele amadureceu mesmo de uns 13 anos para cá, eu falo isso em relação a propaganda. Design a realidade é outra, antigamente a gente tinha estúdios de design e eu cheguei a trabalhar em dois deles, mas essa realidade como empresa acabou desaparecendo. Até mesmo porque as agências tomaram conta desse espaço e absorveram muitos profissionais. 

Com o crescimento do mercado as relações ficaram atropeladas, a questão do ‘time’ também é uma coisa que debato até hoje. A questão dos processos de criação, desenvolvimento de projetos, isso falta evoluir muito aqui. Eu falo isso porque é uma realidade que eu vivo há anos e que é muito difícil mudar, é uma relação cultural mesmo. 

A gente também passou por uma crise, normal. Não sei como vai ser o futuro da publicidade, para mim é uma incógnita. Mas eu sou muito positivo, os profissionais deveriam tomar a frente disso, arriscar para gente ter conquistas com uma maior expressão, isso agrega para gente e todo mundo sai ganhando.

Mercadizar: Quais são os seus planos para daqui 5 anos ?

BC: Eu não sou de planejar muito o futuro. Eu já tive um estúdio de design, ele durou uns 2 anos, e eu ainda tenho isso na minha mente. Eu quero ter meu estúdio e trabalhar só com projetos de design. Eu espero fazer isso e viver com o meu estúdio. Eu quero poder ter esse espaço e arriscar nele, ter essa liberdade de conduzir meus clientes, porque nós também somos educadores e a gente precisa educar os clientes e o legal é que com isso a gente consegue elevar o mercado da

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